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Entrelinhas

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Notas sobre política e variedades. Edição: Mariana Braga (marianam@gazetadopovo.com.br)

Contra progressão de regime, mãe de Isabella Nardoni será candidata a vereadora em SP

(Foto: Reprodução/ Instagram)

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Ana Carolina Oliveira (Podemos-SP), mãe da menina Isabella Nardoni, decidiu se candidatar a vereadora por São Paulo. Dezesseis anos após a tragédia que transformou sua vida, quando sua filha foi assassinada pelo pai e pela madrasta, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Ana Carolina pretende utilizar sua experiência pessoal para advogar em prol das vítimas e familiares que sofreram crimes hediondos, especialmente aqueles que envolvem crianças.

Em 2023, Ana Carolina, mãe de três filhos, começou a participar de podcasts e a produzir vídeos sobre maternidade e superação de traumas, abordando também crimes contra vulneráveis. Em entrevista à revista IstoÉ, Oliveira afirmou acreditar que a sociedade brasileira tem “memória curta” para delitos e defende a restrição de liberdade em casos mais graves. Seus vídeos obtiveram grande popularidade, com algumas publicações alcançando mais de um milhão de visualizações, o que suscitou nela a esperança de viabilizar sua campanha política, destacando a importância de suas pautas.

Apesar das limitações inerentes ao cargo de vereadora, Ana Carolina planeja propor iniciativas complementares à legislação penal, como um monitoramento mais rigoroso para condenados em regime semiaberto ou beneficiados pela progressão de pena. “São iniciativas possíveis, que complementam a legislação penal”, afirmou. Ela também pretende apresentar um projeto para conectar profissionais que possam ajudar vítimas de crimes, oferecendo suporte jurídico e psicológico.

Ciente dos desafios e da polarização política, Ana Carolina declara estar preparada para enfrentar possíveis ataques durante sua campanha. “Tendo princípios firmados e a certeza de quem eu sou e do que eu vivi, isso não será uma preocupação”, declarou. Os responsáveis pelo crime contra Isabella foram condenados por homicídio doloso, cumpriram mais de uma década na prisão e agora cumprem o restante da pena em regime aberto.

Conteúdo editado por: Mariana Braga

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