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De Toni aposta em Trump para defender anistia de presos do 8/1
| Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

A deputada federal Caroline De Toni (PL-SC) participou do programa Entrelinhas nesta quarta-feira (6) para discutir o potencial impacto de uma vitória de Donald Trump nos Estados Unidos sobre a questão da anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro. Segundo a parlamentar, uma possível administração de Trump pode pressionar o Brasil em temas de liberdade e fortalecer a posição de conservadores. "Estamos otimistas com essa vitória do Trump”, declarou a deputada, destacando que os deputados de oposição ganharão força na contenção das autoridades “incontroláveis” do país, referindo-se à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).

De Toni pontuou que os Estados Unidos possuem uma longa tradição de proteção às liberdades individuais, o que contrasta, segundo ela, com o contexto brasileiro, onde vê uma "ditadura judicial" em ação. Ela criticou o papel de ministros do STF que, em sua visão, têm restringido a liberdade de expressão de figuras públicas. A deputada exemplificou com o caso dos jornalistas Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, que, conforme mencionou, foram "banidos do Brasil" e tiveram passaportes e contas bancárias bloqueadas. Para De Toni, os Estados Unidos são "um exemplo de democracia amadurecida" e a eleição de Trump será uma oportunidade para apoiar iniciativas que limitem a entrada em solo americano de autoridades brasileiras "que perseguem a liberdade de expressão".

A deputada revelou que foi convidada a acompanhar a apuração das eleições nos EUA, mas não pôde comparecer pessoalmente devido a compromissos no Brasil. Ela elogiou a participação de outros parlamentares, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que marcaram presença em eventos importantes da apuração, incluindo um jantar na casa do presidente eleito. De Toni considerou essencial "ter acesso a quem realmente tem o controle da caneta" em território americano, pois isso pode facilitar a implementação de políticas pró-liberdade.

De Toni destacou que, enquanto presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, lidera debates relevantes para a direita e que devem ganhar força com a eleição de Trump, como a criminalização do porte de maconha e projetos que visam restringir os poderes do STF. Ela mencionou ainda que a questão da anistia aos presos de 8 de janeiro está em negociação para ser pautada no início de dezembro. "Espero que cumpram a palavra”, declarou, citando a comissão especial e o plenário da Câmara como as próximas etapas para a aprovação do projeto. O texto precisará ainda ser aceito pelo STF, que ainda pode declarar a medida inconstitucional. "Eu dei o primeiro passo na CCJ, mas ela ainda tem um longo caminho a ser percorrido", concluiu.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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