O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) criticou a Polícia Federal (PF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) durante sua participação no programa Fora dos Autos da Gazeta do Povo. Um dos principais pontos abordados foi a discrepância inicial no valor das joias investigadas, que foi apresentado em R$ 25 milhões e posteriormente corrigido para R$ 6,8 milhões. “Se a PF conseguiu errar algo tão central para a investigação como o valor das joias, o que mais ela errou? Será que isso reflete um erro maior de investigação, um procedimento maior de investigação inadequado?”, questionou Deltan, ressaltando a impressão de má qualidade da investigação e o potencial indicativo de um trabalho mal executado.
Outro ponto crucial levantado pelo ex-deputado foi a possível existência de um “direcionamento ou perseguição na investigação” para atingir um resultado pré-definido, argumentando que “um valor maior vai desgastar mais a pessoa, como se os fatos não importassem”. Ele mencionou ainda que “o STF mandou recados de que Bolsonaro será condenado e preso, mas não agora porque não querem transformar Bolsonaro num mártir, mas sim depois do trânsito em julgado da condenação”. Para Deltan, essas atitudes refletem um comportamento ilegal e não inédito por parte da PF e do STF, citando episódios onde ministros da Suprema Corte supostamente utilizam jornalistas para enviar mensagens veladas.
Deltan destacou o impacto negativo da informação inicial incorreta para a defesa e a imagem dos investigados, mencionando que a maioria das pessoas só lê a manchete e não acompanha as correções subsequentes. “A primeira informação enganosa sempre vai mais longe do que a informação correta”, afirmou, referindo-se ao fato de que a cifra de R$ 25 milhões esteve nos trending topics - os assuntos mais comentados - do X. Ele observou que esse erro já está sendo usado pela esquerda na internet, reforçando a ideia de espetacularização do processo, algo que, segundo ele, a esquerda criticava na Lava Jato, mas agora celebra quando se trata de Bolsonaro e figuras da direita.
O ex-deputado também apontou para um trecho do relatório da PF que poderia indicar a inocência de Bolsonaro, revelando conversas entre o ex-presidente e seu advogado Frederick Wassef. “No relatório que foi divulgado pela imprensa tem um trecho que pode indicar a inocência do Bolsonaro e que pode ser usado pelos advogados do ex-presidente durante a defesa técnica dele no Supremo”, disse Deltan. Ele argumentou que a revelação dessas conversas pode configurar uma violação do sigilo advogado-cliente, o que poderia tornar a prova nula. Além disso, Deltan destacou que a fala de Bolsonaro, ao pedir ao advogado para analisar a legalidade de ficar com as joias, pode ser interpretada como um erro de proibição, o que geraria sua absolvição.
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