O deputado federal Mauricio Marcon (Podemos – RS), vice-líder da oposição na Câmara, em entrevista à coluna Entrelinhas, afirmou que o grupo estuda protocolar o pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a questão do relatório da Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias sauditas. “Queremos investigar desde os anos 2000, pois precisamos entender como o Lula tirou vários containers e não houve nada”, afirmou Marcon à reportagem.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou na segunda-feira (8) o erro da Polícia Federal sobre o valor das joias sauditas. Um trecho do documento apontava que o valor de mercado estimado dos itens era de US$ 4.550.015,06 ou R$ 25.298.083,73. No entanto, a PF corrigiu a informação horas depois. Segundo a corporação, o montante correto estimado é de US$ 1.227.725,12 ou R$ 6.826.151,66, como está registrado em outros trechos do documento. “Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias ‘desviadas’ estão na CEF [Caixa Econômica Federal], acervo ou PF, inclusive as armas de fogo”, disse Bolsonaro no X.
Marcon opinou que Jair Bolsonaro, após ter recebido um presente, pode fazer o que quiser com ele e assegura que essa "celeuma que envolve o nome do ex-presidente" acontece pois os seus adversários querem minar sua reputação. “Esses são os caminhos que eles querem usar: se prender, ele virará um mártir, se matarem, ele virará mártir do mesmo jeito e, se deixar solto, ele arrasta multidão”, assegurou.
O deputado esclareceu que existe uma "perseguição à ideologia defendida pelo ex-presidente" e “infelizmente estão usando a máquina estatal para persegui-lo”. Marcon disse acreditar que a CPI seria um caminho "para a gente fazer justiça", apesar de avaliar que a Procuradoria Geral da República (PGR) não irá aceitar essa denúncia. "A gente sabe que a PF é "a polícia do Xandão” (Alexandre de Moraes), como é comentado nos bastidores”, finalizou.
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