“Durante a campanha eleitoral no Brasil, em 2022, a direita foi proibida de associar Lula à Maduro”, lembra à coluna Entrelinhas o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP). A recordação do parlamentar vem ao encontro das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao se manifestar sobre o processo eleitoral no país vizinho, minimizando a tensão a tensão política em Caracas. Lula afirmou estar convencido de que a eleição em que Nicolás Maduro saiu vitorioso na Venezuela foi um processo “normal, tranquilo”.
Lula afirmou que as pessoas que não concordam têm “o direito de se expressar e de provar que não concordam e o governo tem o direito de provar que está certo”, em entrevista à TV Centro América, afiliada da TV Globo no Mato Grosso. O deputado paulista rebate dizendo que “agora os fatos provam os argumentos dos conservadores, com o presidente brasileiro destoando do restante do mundo verdadeiramente democrático e ‘passando pano’ para o seu companheiro ditador”.
O Brasil vinha tentando passar a imagem de neutralidade como aparente estratégia para ganhar tempo até um desfecho mais claro da crise. Contudo, após a manifestação do Partido dos Trabalhadores (PT), que considerou as eleições venezuelanas “passivas, democráticas e soberanas”, endossada por Lula, acabou por distanciar de vez do consenso formado pelas nações democráticas de que o processo eleitoral estava repleto de vícios. Lucas Bove finaliza sua análise afirmando que “a verdade sempre vem à tona”, ao apontar a predileção do presidente brasileiro por países liderados por ditaduras.
Ditadura x Oposição na Venezuela
O Comando ConVzla, grupo de campanha da opositora María Corina Machado, apresentou, na terça-feira (30), resultados preliminares das eleições presidenciais da Venezuela, alegando que o atual presidente, Nicolás Maduro, teria sido derrotado em todos os estados do país.
A entidade informou que 81,21% dos boletins de voto foram digitalizados, correspondendo a 24.384 atas, e que os dados ainda estão sendo atualizados.
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