Ouça este conteúdo
Nos corredores de Brasília, fica evidente que os planos do Partido Liberal (PL) para 2026 incluem lançar o deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) à Câmara dos Deputados, com o objetivo de herdar o eleitorado da deputada federal Bia Kicis (PL-DF), enquanto ela e Michelle Bolsonaro concorrem às duas vagas do Senado. Despontando em reportagens recentes, o parlamentar rebateu informações publicadas pelo jornal Estadão, que destacou sua ligação com o coronel do Exército Flávio Peregrino, ex-assessor do general Walter Braga Netto.
Peregrino foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF). Em entrevista à coluna Entrelinhas, o deputado confirmou que Peregrino trabalha em seu gabinete, mas considerou a tentativa do jornal de vinculá-lo ao caso como "uma estratégia da esquerda para enfraquecer o movimento conservador".
Manzoni classificou a matéria como uma "forma de perseguição motivada pelo medo". Ele ressaltou que "a esquerda está desesperada” diante do crescimento da direita no Brasil. "A esquerda socialista, que hoje ocupa o poder, falhou em governar o país e já percebe que, nas próximas eleições, enfrentará um tsunami de renovação liderado pela direita”. O deputado ainda destacou o cansaço da população com “a incompetência, da corrupção e das políticas que só trouxeram miséria ao nosso povo".
Por outro lado, o deputado encarou como positiva a menção de seu nome como aposta do PL na matéria do jornal. "Estou preparado e à disposição para disputar o cargo que ele [Bolsonaro] entender ser o melhor para a direita e o conservadorismo no DF", declarou. Manzoni ressaltou também que, mesmo diante de ataques, os conservadores permanecem fortes. "Quanto mais tentam bater na gente, mais fortes nós ficamos. Quanto mais tentam bater no presidente Bolsonaro, mais forte ele fica", concluiu.
Peregrino, assessor de Braga Netto
Peregrino, que é conhecido como o “Cid de Braga Netto” por seu papel próximo ao general, foi alvo de mandados de busca e apreensão na operação que prendeu o vice de Bolsonaro na chapa de 2022. Enquanto trabalhou para o PL no início deste ano, Peregrino teve em sua mesa um documento contendo perguntas e respostas sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid, além de um manuscrito com o título “operação 142″, materiais que supostamente fariam parte do “golpe”.
Conteúdo editado por: Mariana Braga