| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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A deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP) e o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) enviaram ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, um pedido de esclarecimentos sobre os gastos relacionados à reforma da Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República. A propriedade, situada a cerca de 17 km do Palácio da Alvorada, é frequentemente utilizada para reuniões e eventos presidenciais e conhecida por sua ampla área de 37 hectares de estilo campestre. A habitação passou por obras que incluem uma cascata artificial e um lago com carpas coloridas, revelados recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela primeira-dama Janja Lula da Silva.

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À coluna Entrelinhas, Adriana Ventura criticou a falta de transparência nos contratos e destacou a necessidade de investigar os gastos. "O primeiro ponto é entender a necessidade de reformas das residências oficiais em um momento em que se discute a necessidade de ajuste fiscal", afirmou. A deputada também relembrou episódios do início do governo atual, quando houve alegações de que móveis teriam desaparecido do Palácio da Alvorada. "Conseguimos levantar informações de que os móveis não foram levados, mas estavam armazenados em um depósito", disse. Ela criticou compras emergenciais de móveis de luxo feitas com base nessas acusações.

A reforma inclui, além da cascata artificial, outros serviços que, segundo Adriana, não foram especificados no contrato. "Queremos entender a abrangência e o montante total dessas despesas. Algumas notícias mencionaram a cascata, mas o contrato envolve muitos outros serviços. São genéricos, não detalham nem especificam os itens a serem reformados", explicou.

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Para Marcel Van Hattem, a situação reforça a importância de maior fiscalização do Executivo. Ele declarou, em nota, que "o Legislativo tem o dever de exigir explicações sobre despesas que possam indicar desperdício de recursos públicos". O pedido de esclarecimento aguarda resposta da Casa Civil, enquanto o debate sobre ajuste fiscal do governo segue no Congresso.