“É quebrar o termômetro para esconder a febre”, diz Salles sobre as críticas de Lula ao BC

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Em entrevista à coluna Entrelinhas, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) analisa o fortalecimento da direita no mundo e a situação econômica do Brasil. “O mundo inteiro está farto dessas pautas demagógicas da esquerda”, afirmou o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) ao comentar os ganhos expressivos do partido de direita Reunião Nacional (RN), na França. O RN, de Marine Le Pen, foi o vencedor do primeiro turno das eleições parlamentares da país. De acordo com Salles, “o discurso da esquerda é lindo, mas a prática muito ruim”.

O RN e aliados tiveram 33% dos votos, seguidos por um bloco de esquerda com 28%, e os centristas do presidente Emmanuel Macron com apenas 20%. “Chega uma hora que a conta fica insustentável. Chegou na Europa, vai acontecer no Estados Unidos com o Trump”, pontua o congressista que ainda lembra que “tem o Milei (Partido Libertário) aqui do lado na Argentina e o Brasil caminha também para tirar a esquerda do poder novamente em 2026”.

Aqui no Brasil, Salles afirma que a retomada da direita é questão de tempo, já que o Partido dos Trabalhadores (PT), “tem a marca de irresponsabilidade fiscal”. Salles declara que o PT acredita que todo o país está a serviço do partido político do governo e não aceita a autonomia do Banco Central (Bacen). “Isso vai ficando claro com esse aumento exponencial das despesas, descontrole das contas públicas e esse voluntarismo deles em ficar comentando e criticando o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto.

Salles diz ainda que suspeita que essas críticas podem ser combinadas e que “alguém pode estar ganhando muito dinheiro” com essa oscilação do mercado. “Eles jogarem a conta na autoridade monetária da falta de responsabilidade e de controle de despesas do governo é quebrar o termômetro para esconder a febre”, finaliza o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro.

Cristiano de Oliveira Gomes

Cristiano de Oliveira Gomes é formado em jornalismo pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e atuou em redações de jornais e portais de notícia na capital federal. Tem experiência no Congresso Nacional, onde trabalhou como assessor em gabinetes parlamentares e lideranças partidárias.

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