O programa Assunto Capital da Gazeta do Povo se encontrou recentemente no meio de uma controvérsia envolvendo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pré-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB-SP). Durante a entrevista concedida no dia 9 de julho ao programa, Eduardo Bolsonaro teceu comentários sobre Marçal, destacando inicialmente sua generosidade no Rio Grande do Sul e sua estratégia de atrair votos do público bolsonarista. No entanto, o deputado comparou Marçal a Joice Hasselmann, levantando dúvidas sobre sua lealdade política.
Tão logo o deputado comentou da possível traição por parte de Marçal, o empresário aproveitou a primeira parte da fala da entrevista e fez um recorte da fala de Eduardo Bolsonaro, dando a entender que o filho do ex-presidente apoiaria Marçal à prefeitura. "Pablo Marçal postou um recorte malicioso de uma entrevista minha para a Gazeta do Povo", afirmou o deputado em suas redes sociais. Ele ressaltou ainda que suas ressalvas foram omitidas e que a edição feita pela equipe de Pablo sobre a entrevista deu a falsa impressão de seu apoio a Marçal. Em resposta, Eduardo publicou a entrevista completa para que o público tirasse suas próprias conclusões.
Eduardo Bolsonaro reforçou que seu voto será destinado ao candidato apoiado por seu pai, Jair Bolsonaro: Ricardo Nunes (MDB-SP). "Não estou falando que o Marçal é um novo Frota ou Joice Hasselman, mas 'de boas intenções o inferno está cheio'", reforçou Eduardo o que já tinha dito na entrevista. O deputado destacou o crescimento expressivo do PSL nas eleições de 2018 e a posterior migração de metade dos eleitos para a política fisiológica, apesar de terem prometido apoiar Jair Bolsonaro.
Comentando a postura de Marçal, Eduardo Bolsonaro destacou a importância de avaliar o real objetivo de cada candidatura, enfatizando que as atitudes e ações dos candidatos, especialmente em momentos de crise, são mais reveladoras do que suas promessas. "Como aprendi com Padre Paulo Ricardo: quer conhecer um candidato, veja contra o que ele trabalha. As guerras que ele compra falam muito mais sobre ele do que suas belas propostas", explicou Eduardo.
O deputado também mencionou sua surpresa com a postura de Pablo Marçal nas eleições de 2022, quando declarou "nem Lula e nem Bolsonaro", apesar de, em 2018, ter sido visto ao lado de Jair Bolsonaro em um carro de som. Ele afirmou que, por mais que cada um tenha direito à sua opinião, elas carregam consequências. O filho do ex-presidente concluiu dizendo que busca não fazer política baseada em sentimentos pessoais e que espera que experiências, mesmo negativas, possam levar ao amadurecimento.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião