A coluna Entrelinhas entrevistou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para saber a opinião dele sobre Pablo Marçal (PRTB-SP), pré-candidato a prefeito de São Paulo. O deputado afirmou que Marçal identificou "um vácuo na direita" e que, segundo ele, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP) não conseguiu abraçar essas bandeiras. Bolsonaro criticou a demora de Nunes em decidir seu candidato a vice-prefeito na reeleição e em confirmar o apoio de Jair Bolsonaro. Eduardo declarou que era "um entusiasta da candidatura do Ricardo Salles (PL-SP)" e que seria "sensacional" se tivessem conseguido construir essa candidatura. Ele explicou que Marçal foi inteligente ao perceber uma "lacuna" nesse meio, tentando se projetar como "o cara que vai preencher essas questões da direita" e se colocando como alternativa ao Mello Araújo (PL-SP), defendendo segurança e a redução de tributos e impostos, bandeiras levantadas por Bolsonaro e Paulo Guedes.
Eduardo Bolsonaro observou que Marçal tenta se viabilizar como candidato para receber o "voto bolsonarista" de São Paulo, mas criticou a falta de trajetória política de Marçal, ressaltando que a política é um terreno onde "existe 'fila'" e é preciso provar com sua história que se tem os atributos necessários para cargos importantes como a prefeitura de São Paulo. O deputado questionou ainda o posicionamento de Marçal na eleição de 2022. “Ele estava apostando ‘nem Lula, nem Bolsonaro’”, avaliou. Eduardo criticou ainda a falta de engajamento de Pablo Marçal em eventos políticos relevantes, como as prisões do ex-deputado Daniel Silveira e dos manifestantes no episódio do 8 de janeiro.
O deputado federal justificou que as fotografias tiradas de apoiadores com Marçal no evento do CPAC, onde o empresário apenas compareceu sem subir ao palco ou receber qualquer projeção relevante, se deram em reconhecimento do seu trabalho de ajuda ao Rio Grande do Sul. "Eu seria um pouco mais prudente", disse o filho do ex-presidente, comparando Marçal com Joice Hasselmann: "Não estou falando que é a mesma pessoa, mas é tipo uma Joice Hasselmann”, analisou. Eduardo emendou que não equipara os dois, mas dá “um exemplo bem extremo" para apontar que é com o passar do tempo que a intenção das pessoas é testada.
Confirma a entrevista na íntegra, no programa Assunto Capital da Gazeta do Povo.
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