Em entrevista à Entrelinhas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) abordou os áudios vazados pela Folha de S. Paulo, que envolvem ofensas e demonstram que o filho do ex-presidente era um dos principais alvos das investigações a pedido do ministro Alexandre de Moraes. Eduardo contou que está em contato com sua advogada para avaliar as medidas legais cabíveis. O parlamentar enfatizou que o crime de difamação, que se enquadra nos crimes contra a honra, pode ser configurado, mesmo que as ofensas tenham ocorrido em ambiente privado. Eduardo estuda processar Marco Antônio Vargas, auxiliar de Moraes, visando reparação por danos morais.
“Se prender o EB [Eduardo Bolsonaro], o Brasil entra em colapso”, disse o chefe do combate à desinformação, Eduardo Tagliaferro, conforme um dos trechos dos áudios vazados pela Folha de S. Paulo. “Esse é bandido”, respondeu o juiz auxiliar do ministro.
Em relação ao futuro do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Bolsonaro declarou que o “sistema” poderá abandoná-lo quando conveniente. “O sistema é totalmente capaz de entregar, de bandeja, o cargo de Alexandre de Moraes no STF para preservar a si próprio”, avaliou.
O deputado destacou também que Moraes “cumpriu seu papel” nas eleições de 2022, onde, segundo ele, houve favorecimento de Lula da Silva ao impedir críticas e associações legítimas entre o ex-presidente e figuras como Nicolás Maduro e Daniel Ortega. “A eleição foi decidida no detalhe", destacou.
Eduardo não defende apenas o impeachment do ministro, mas também a anulação de todos os processos em que Moraes atuou contra pessoas identificadas com a direita. O parlamentar sugeriu que a atuação do magistrado foi parte de um plano maior para beneficiar um espectro político específico.
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