O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem alertado sobre o impacto no Brasil de uma possível eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, tanto em relação a uma resposta aos embates entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk quanto sobre os direitos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Possível novo embaixador internacional do Partido Liberal (PL), o parlamentar revelou à coluna Entrelinhas que há um projeto de lei em tramitação no Congresso americano que impede a entrada nos EUA de “autoridades estrangeiras que violarem a primeira emenda americana, cerceando a liberdade de expressão de um americano”. Caso aprovada, essa legislação reforçaria as opções de Trump para reequilibrar as relações Brasil-Estados Unidos, com foco na defesa de direitos fundamentais.
Além disso, a coluna ouviu de fontes próximas ao deputado que, em reuniões internacionais recentes Trump teria revelado que bastaria uma semana em seu mandato para que o passaporte de Jair Bolsonaro, retido sob ordens de Moraes, fosse devolvido, reforçando o compromisso de Trump em apoiar o ex-presidente brasileiro em âmbito diplomático.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro participou de uma entrevista com o jornalista Paulo Figueiredo em seu canal no YouTube, abordando o impacto da possível eleição de Donald Trump no Brasil. Durante a entrevista, eles mencionaram o conflito entre Musk, proprietário da plataforma X, e Moraes, que suspendeu a rede social durante o primeiro turno das eleições municipais de 2024. Eduardo sugeriu que, por conhecer Trump, acredita que, caso eleito, ele tomará a disputa como “um conflito onde o governo brasileiro está expulsando do seu país uma empresa americana, que está seguindo a Constituição, tanto brasileira quanto dos Estados Unidos”.
Ao longo da conversa, Eduardo Bolsonaro destacou que, se houver suporte legislativo no Congresso dos EUA, Trump poderá adotar certas “medidas de pressão,” como cancelamento de visto, cancelamento de conta bancária e congelamento de patrimônio, “justamente o que eles fizeram na Venezuela”. Eduardo fez referência a sanções aplicadas pelos Estados Unidos no país latino-americano em “uma trama envolvendo o narcotráfico de terrorismo internacional”.
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