A eleição para a presidência da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara Federal, anteriormente marcada para 11 de dezembro, foi adiada para fevereiro, após o recesso parlamentar. Os candidatos são Gilberto Nascimento (PSD-SP), Otoni de Paula (MDB-RJ) e Greyce Elias (Avante-MG). Nos bastidores, o adiamento da votação é citado como uma forma de o Executivo conseguir maior influência sobre a decisão, já que o presidente Lula (PT) tem tentado se aproximar dos evangélicos para aumentar sua base eleitoral para 2026.
Em entrevista à coluna Entrelinhas, Nascimento comentou sobre a condução do grupo e as articulações em torno da disputa, destacando que, apesar da investida do governo e dos acenos a Lula feitos pelo candidato Otoni de Paula, a bancada ainda mantém a união do grupo. “A Frente Parlamentar Evangélica é uma coisa simbólica. Pode ter eventualmente alguém que tenha simpatia por A ou por B, mas não vejo o governo com controle sobre ela”, afirmou. Para Nascimento, a bancada não abre o espaço para o governo influenciar contra temas baseados em valores cristãos, como a defesa da vida desde a concepção. “Entre defender as pautas que os trouxeram para cá e se alinhar com governo ou oposição, os deputados ficam com a defesa das pautas”, declarou.
Ele ressaltou que a bancada é formada por deputados de diferentes correntes, como Benedita da Silva (PT-RJ) e Marco Feliciano (PL-SP), e que, mesmo assim, as pautas costumam ser analisadas sem grandes embates. “O que temos é um papel espiritual e político de união. Não adianta acirrar no político e depois não conseguir mais unir o grupo”, afirmou. O candidato do PSD não negou, no entanto, a importância de apoios individuais na disputa pela liderança da frente, como a influência do pastor Silas Malafaia, que defende a candidatura de Nascimento e é próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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