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Em missa na Câmara no momento das explosões, Frei Gilson defende liberdade de expressão
| Foto: Wesley Correa e Weberth Carvalho

O Frei Gilson, conhecido por atrair diariamente mais de 500 mil fiéis para rezar pelas redes sociais, compareceu na quarta-feira (13) à Câmara dos Deputados a convite da Frente Parlamentar Católica. A celebração foi feita enquanto acontecia o atentado nas proximidades, na praça dos Três Poderes. A missa conduzida pelo frei marcou a passagem dos dez anos do grupo de oração Elena Guerra, recentemente canonizada. A coluna Entrelinhas conversou com Frei Gilson, que visitou a Câmara pela primeira vez.

Durante a entrevista, ele expressou sua satisfação ao ver “a Câmara cheia de parlamentares, deputados, senadores, autoridades políticas e o povo cristão”. Para o religioso, o convite foi um sinal de abertura para a fé no espaço legislativo. “Foi uma Santa Missa muito bonita, onde tive a oportunidade de pregar a Palavra de Deus. Vejo que é muito importante que a nossa nação nos deixe sempre esta liberdade de expressar a nossa fé”, destacou.

O deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), presidente da Frente Parlamentar Católica, explicou que a celebração contou com ministros de estado, secretários estaduais, desembargadores, servidores e 30 parlamentares, alguns acompanhados de seus familiares. “Foi um momento de graça. O frei fez uma linda pregação da Palavra de Deus e se colocou à disposição para retornar”, avaliou Garcia. Ele adiantou que, na próxima ocasião, o evento será realizado em um local maior devido à alta demanda, visto que o Auditório Nereu Ramos estava lotado.

Em setembro, Frei Gilson enfrentou censura nas redes sociais, com a suspensão de seu perfil supostamente motivada por sua posição cristã contra o aborto. A deputada Dra. Mayra Pinheiro (PL-CE), que esteve em contato com o escritório da empresa Meta para esclarecer o banimento, afirmou à Entrelinhas que a celebração poderia ser vista como um “pedido de desculpas” do Parlamento ao frei. Para ela, "aborto não é crime no Brasil, então ele não fez nada de errado", criticando a censura aplicada ao sacerdote.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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