A disputa pela prefeitura de Contagem-MG, tradicional reduto petista, tem ganhado novos contornos com a participação ativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha de Junio Amaral (PL-MG) para a prefeitura. Embora a atual prefeita, Marília Campos (PT), que busca seu quarto mandato, seja vista como a favorita, o apoio de Bolsonaro ao candidato conservador sugere que a direita possa representar uma ameaça à hegemonia petista em uma das maiores cidades mineiras.
O deputado disse à Entrelinhas que o Partido dos Trabalhadores (PT) está “investindo muito na cidade, levando gente para fazer campanha para manter o poder” e “fazendo costuras com muitos partidos”. Junio Amaral ter recebido o ex-presidente Bolsonaro com mais de cinco mil pessoas no evento é um fator de preocupação para a campanha petista.
Durante o comício realizado na última quinta-feira (5) no centro de Contagem, Bolsonaro ressaltou a força dos novos nomes da direita no Brasil. O ex-presidente afirmou que os conservadores voltarão ao poder e conduzirão o país "para o porto seguro", endossando seu apoio à candidatura de Amaral.
Ao longo de seu discurso, Bolsonaro fez críticas ao PT e a Marília Campos, afirmando que a presença do partido está associada à miséria, fome e baixos índices de desenvolvimento humano. Ele sugeriu que a quantidade de vereadores petistas em uma cidade é um indicativo de seu futuro, reiterando que onde há PT, não há oportunidades de emprego ou progresso econômico. Ele também opinou que governo de Campos reforça a polarização política que marca a disputa municipal.
Bolsonaro ainda relembrou a facada que sofreu em 2018 e criticou a proibição do aplicativo X (antigo Twitter) por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, apontando isso como uma tentativa de silenciar vozes conservadoras. O evento foi marcado por um tom de discurso nacionalizado, em que, apesar do foco nas eleições municipais, as questões ideológicas e políticas de âmbito nacional dominaram grande parte do discurso.
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