| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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O deputado federal Delegado Palumbo (MDB-SP) foi citado em uma tentativa de extorsão conduzida por dois homens que se passavam por delegados da Delegacia Estadual da Investigação Criminal (DEIC) em São Paulo. De acordo com o parlamentar, os suspeitos exigiram R$ 1.600,00 para a liberação de alvarás de um comerciante do centro da cidade e foram detidos após uma operação coordenada pelo próprio Palumbo. A ação culminou na prisão dos suspeitos após a entrega monitorada de parte do dinheiro. O deputado, que também é delegado, enfatizou a gravidade da situação e como o uso indevido de seu nome é uma prática recorrente, alimentada pela sua visibilidade pública.

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Em entrevista exclusiva à coluna Entrelinhas, Palumbo revelou que foi informado do crime pelas redes sociais e que orientou a vítima a colaborar com a investigação. "Nós recebemos essas informações através das redes sociais, fomos conversar com a vítima e a conduzimos até o DEIC", detalhou o deputado. A campana foi montada pela equipe da delegacia e os suspeitos foram presos quando tentaram coletar o restante do dinheiro exigido.

Palumbo também relatou outros casos em que seu nome foi utilizado indevidamente, como quando tentaram extorquir R$ 10 mil de um dono de posto de gasolina sob o pretexto de que o valor seria destinado ao delegado. “A gente tinha identificação deles, foi instaurado um inquérito policial", relatou, destacando que a equipe investigou os envolvidos até conseguir prendê-los.

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O parlamentar lamentou o fato de que, apesar das detenções, os criminosos são frequentemente soltos em pouco tempo. Ele criticou o sistema jurídico brasileiro, apontando para a falta de leis rigorosas e a resistência de certos partidos políticos em apoiar medidas mais severas contra o crime. "Infelizmente esse país aqui não tem lei, é muito difícil mudar as leis. Por mais que a gente tente, aí tem sempre os mesmos partidos que vão contra", declarou Palumbo, referindo-se ao PT, PSOL e PC do B como opositores de reformas mais duras. “Quem fica feliz e bate palma é o crime organizado”, concluiu.