O deputado federal Mário Frias (PL-SP) criticou a sanção do projeto de lei pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que proíbe o uso de celulares em sala de aula. Em resposta, Frias anunciou a elaboração de um projeto na Câmara dos Deputados para a instalação de câmeras em escolas de todo o Brasil, com o objetivo de coibir possíveis doutrinações ideológicas e abusos em sala de aula.
Em tom conciliador, o parlamentar revelou à coluna Entrelinhas que conversou com o governador para compreender melhor a legislação sancionada em São Paulo. “De forma republicana, debatemos bastante para entender as demandas um do outro”, afirmou Frias. Ele acrescentou que a proposta está sendo construída com ampla participação: “Aqui na Câmara seguimos promovendo o debate entre alguns parlamentares, professores, diretores de escolas e pais, para que a gente possa construir esse projeto com um debate mais amplo.”
No entanto, Frias não poupou críticas à legislação paulista, classificando-a como “medida totalitária”. Em publicação na rede social X (antigo Twitter), o deputado escreveu: “A proibição de celulares nas salas de aula em São Paulo é um ataque às liberdades individuais das crianças e dos pais, que perdem o direito de monitorar e cuidar diretamente de seus filhos.” Ele defendeu que seu projeto dará aos pais maior controle sobre o ambiente escolar, permitindo a supervisão de aulas e prevenindo abusos como “doutrinação ideológica e violência psicológica”.
A lei sancionada, publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (6), permite o uso de celulares apenas para atividades pedagógicas ou em casos específicos de alunos com deficiência que necessitem de tecnologias assistivas. Segundo o texto, dispositivos eletrônicos devem ser armazenados de forma segura e ficam sob responsabilidade dos estudantes em caso de danos ou extravios.
Frias argumentou que a proibição dos celulares compromete a segurança nas escolas. “Em tempos de atentados em escolas, os celulares são ferramentas essenciais para alertar pais e autoridades sobre perigos iminentes. Se o Estado quer interferir, que faça o contraponto: instale câmeras nas salas de aula, com acesso liberado aos pais”, declarou. Ele enfatizou ainda que quem decide o que é bom para os filhos são os pais.
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