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O senador e candidato a prefeito de Fortaleza Eduardo Girão (Novo-CE) foi removido de um debate ao vivo na TV Otimista, uma emissora local, na segunda-feira (16). Em entrevista à coluna Entrelinhas, Girão destacou que a decisão de sua exclusão foi tomada pelo partido Solidariedade, que, segundo ele, age em “conluio” com o PT e o PSOL.
No começo do segundo segmento do programa, o apresentador Paulo César Norões informou que Girão havia sido excluído. Ele detalhou que a Justiça Eleitoral notificou o veículo de comunicação sobre a decisão. A expulsão ocorreu devido a um acordo entre as equipes dos políticos, que estabeleceu que apenas candidatos de partidos com pelo menos cinco membros no Congresso Nacional poderiam participar. O partido Solidariedade, que fez a solicitação, apoia o candidato George Lima (PDT).
Da antessala do estúdio em que ocorreu o debate, Girão contou à coluna que tinha a expectativa de que ainda voltasse a participar. “Me tiraram no meio do debate, senador da República, não que o cargo represente muito”, desabafou. O parlamentar ainda disse que considera um desrespeito com um “cidadão que quer colaborar com a cidade em que nasceu". Ele apontou que seus conterrâneos não puderam ouvir suas ideias e “verdades”.
O senador aproveitou para relembrar episódios passados que, segundo ele, demonstram falhas de gestão e corrupção associadas aos partidos que atuaram contra sua participação no debate. "É porque eu lembro que o PT daqui do Ceará não levou à frente a CPI do Narcotráfico? E eu sempre lembro, eu assinei em Brasília a CPI do Narcotráfico”, detalhou. Ele também mencionou seu voto contra o imposto obrigatório do DPVAT e destacou que deve ter incomodado os partidos de esquerda quando expôs a relação deles com o crime e a gestão de propaganda. "Os dois bilhões de reais que eles gastam em propaganda e publicidade na gestão deles, na inversão de prioridades”, completou Girão.
Conteúdo editado por: Mariana Braga