Uma lista com 22 senadores foi encaminhada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, solicitando autorização para visitar Filipe Martins, ex-assessor internacional do presidente Jair Bolsonaro, atualmente detido. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) que lidera o grupo destacou a importância da visita à coluna Entrelinhas. Ele chamou Filipe Martins de “preso político injustamente detido” e comentou que os documentos oficiais provam que ele não foi para os Estados Unidos. “Ou seja, algo que respaldou a prisão dele está baseado em narrativas”, explicou. O senador comentou que o caso é “questão de direitos humanos”.
Eduardo Girão enfatizou também a necessidade de verificar as condições de Filipe Martins na prisão e afirmou que, como membro da Comissão de Direitos Humanos do Senado, “precisa ver o que está acontecendo”. Girão disse que defende a Constituição e não vê embasamento legal nessa situação. O senador comparou a situação de Martins com a de Silvinei Vasques, outro caso que recentemente mobilizou um grupo de senadores para visitá-lo na prisão.
Girão também salientou a demora para que o ministro Alexandre de Moraes autorize tais visitas, mencionando que a liberação para visitar Silvinei Vasques levou sete meses. Ele espera que, desta vez, o ministro seja mais rápido na resposta, visto que 22 senadores assinaram o pedido, mostrando um apoio ainda mais amplo em comparação ao caso anterior. "Quando o Alexandre Moraes vai autorizar a gente não sabe, demorou muito o do Silvinei Vasquez, foram 7 meses de desrespeito com o parlamento brasileiro”, concluiu.
A lista de senadores que solicitaram a visita inclui Eduardo Girão (Novo), Plínio Valério (PSDB), Marcos Rogério (PL), Izalci (PL), Rosana Martinelli (PL), Cleitinho (Republicanos), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Flávio Azevedo (PL), Irineu Orth (PP), Hamilton Mourão (Republicanos), Marcos Pontes (PL), Zequinha Marinho (Podemos), Damares Alves (Republicanos), Mecias de Jesus (Republicanos), Jorge Seif (PL), Chico Rodrigues (PSB), Carlos Viana (Podemos), Flávio Bolsonaro (PL), Carlos Portinho (PL), Vanderlan Cardoso (PSD), Tereza Cristina (PP) e Jaime Bagattoli (PL).
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