O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) anunciou, por meio de um comunicado nas redes sociais, o cancelamento da manifestação que estava prevista para o dia 7 de setembro em Goiânia. O cancelamento ocorreu após um vídeo divulgado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em que ele solicitou que os esforços fossem concentrados na manifestação da Avenida Paulista, em São Paulo. Bolsonaro afirmou que o objetivo do evento é garantir que a população ouça os discursos com argumentos em prol da anistia dos presos do 8 de janeiro. A concentração em São Paulo visa, segundo o ex-presidente, fortalecer o movimento pelo restabelecimento do equilíbrio democrático.
Em entrevista à coluna Entrelinhas, Gayer esclareceu que, com a decisão de não realizar manifestações paralelas, todos os esforços agora devem ser voltados ao Senado. Ele afirmou que, apesar de considerar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se mostra "imune à pressão popular", os demais senadores não podem ignorar as demandas da sociedade. “Vamos focar no único lugar que ainda tem a possibilidade de escutar o povo”, disse o deputado, referindo-se ao Congresso Nacional como o espaço de pressão direta sobre os parlamentares para a leitura do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
O parlamentar declarou ainda que os senadores "não terão paz" até que tomem uma atitude em defesa da democracia. Gayer destacou que a pressão não se limitará às redes sociais e aos e-mails, mas se estenderá aos "restaurantes, aeroportos" e demais locais frequentados pelos congressistas. Para o deputado, a única forma de restabelecer a "sanidade" democrática no país é por meio de ações que limitem o que ele chama de "ditadura do Judiciário".
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