O pastor Silas Malafaia tem criticado abertamente o candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), e, mais recentemente, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por demonstrar apoio ao candidato. A divergência entre o pastor e o deputado se deu após Nikolas gravar um vídeo defendendo Marçal e atacando o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP), a quem chamou de "candidato do sistema". No vídeo, o deputado afirmou que prefere "dar uma chance para a dúvida [Marçal]" e criticou Nunes por estar cercado por "um bando de vagabundos que sempre lutaram contra a direita".
Malafaia respondeu às declarações de Nikolas, afirmando que o deputado estava "fazendo o jogo desse psicopata farsante" e que o parlamentar “deve respeito e consideração a Bolsonaro”, por isso deveria “ficar de boca fechada”. As críticas de Malafaia, no entanto, geraram um movimento contrário dentro do grupo de apoiadores da direita, com nomes como o deputado estadual Thiago Gagliasso (PL-RJ), o desembargador Sebastião Coelho e os jornalistas Marco Antônio Costa e Rodrigo Constantino saindo em defesa de Nikolas.
Em entrevista à coluna Entrelinhas, o comunicador e principal organizador dos movimentos “Fora Moraes”, Marco Antônio Costa, destacou que a postura de Malafaia tem sido "obsessiva" contra Marçal e que o pastor tem distorcido questões relacionadas ao candidato, o que tem contribuído para um debate de baixa qualidade. Costa também afirmou que “fontes fidedignas” confirmam que Malafaia adotaria uma postura de neutralidade em um eventual segundo turno entre Marçal e Guilherme Boulos (PSOL-SP), algo que incomodou os apoiadores da direita.
Além disso, Marco Antônio ressaltou a proximidade de figuras como Ricardo Nunes com Gilberto Kassab e o Partido Social Democrático (PSD), partido que, segundo ele, tem influência na estrutura política que sustenta o ministro Alexandre de Moraes. Para Costa, esse é um dos motivos pelos quais o prefeito de São Paulo enfrenta críticas no atual cenário eleitoral.
A manifestação de Malafaia sobre as eleições municipais de São Paulo surge em meio ao crescimento de Marçal nas pesquisas, que já apontam a possibilidade de um segundo turno entre ele e Boulos, deixando Nunes fora da disputa. Nos bastidores, especula-se que esse seja o motivo que levou Jair Bolsonaro a se ausentar da capital paulista nesta reta final da campanha de Nunes.
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