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“É inaceitável, um absurdo, que o Brasil envie qualquer tipo de representante para o Irã, que na realidade é um estado terrorista”, disse à coluna Entrelinhas o deputado federal Kim Kataguiri (União –SP). O vice-presidente Geraldo Alckmin está no país árabe e participou na terça-feira (30) da posse do novo presidente do país, Masud Pezeshkian. Na agenda do vice-presidente ainda constou a participação em encontros bilaterais com empresários e com o presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Minas e Agricultura do Irã (ICCIMA), Samad Hassanzadeh, na quarta (31).
Kim lembrou que a visita neste momento já seria inoportuna pois o Irã é um dos principais parceiros comerciais da Venezuela. Além disso, o país financia grupos radicais islâmicos, como o Hezbollah e o Hamas. Kim opinou que já seria um equívoco mandar qualquer assessor, mesmo de terceiro escalão, “mas mandar o vice-presidente da República, ministro de Estado, é ainda pior pois sinaliza uma relevância a esse regime que em termos diplomáticos só traz prejuízo ao Brasil”.
De acordo com o deputado, o Brasil não tem relações comerciais, políticas e diplomáticas relevantes com o país e a visita é uma “mera sinalização ideológica ao regime, o que é inaceitável”.
O parlamentar também comentou com a reportagem a questão da provável fraude nas eleições presidenciais venezuelanas, afirmando que Maduro perdeu o pleito, mas Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) não querem reconhecer essa derrota. O congressista garante que o processo eleitoral capitaneado por Maduro já vem sendo alvo de grande pressão internacional, inclusive de líderes da esquerda, como o presidente do Chile, Gabriel Boric. “O alinhamento de Lula com a Venezuela é gigante”, afirmou Kim. “É bom lembrar que na operação Lava Jato boa parte dos negócios da Odebrecht (também na Venezuela) foi intermediado pelo Lula e o PT”, finalizou.
Conteúdo editado por: Mariana Braga