Paulo Kogos (União-SP) tem se inspirado no presidente argentino como estratégia de correlação das suas bandeiras políticas para pré-candidato a vereador por São Paulo com aquelas defendidas por Javier Milei. Entrevistado pela coluna Entrelinhas, a fim de explicar no que consiste sua inspiração, Kogos afirmou que o motivo é a postura do presidente argentino que está implementando medidas fortes para liberar o mercado, "cortando várias regulamentações, cortando vários impostos e, realmente, alçando a economia argentina a um grau de prosperidade nunca antes visto”.
Kogos comentou ainda a entrevista do ex-chanceler Ernesto Araújo na Gazeta do Povo. Concordando com o ex-ministro, ele afirmou que Milei deveria influenciar mais a direita brasileira do que o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump. Embora apoie Trump, Kogos criticou a abordagem econômica do ex-presidente norte-americano, descrevendo-a como intervencionista e protecionista. Ele enfatizou que Trump não é um verdadeiro defensor do livre mercado, destacando que "o livre-mercadinho dele é muito fraco". O pré-candidato acredita que, apesar de Trump ser melhor que os democratas, ainda está longe do ideal libertário.
Reafirmando o apoio a Milei, Kogos descreveu que o líder argentino é um "marco histórico para a humanidade", pois é o primeiro chefe de estado libertário. Ele destacou que as políticas de Milei podem demonstrar a superioridade do pensamento de direita na prática, beneficiando a população comum. “Ele realmente tem propostas econômicas que podem fazer as pessoas comuns sentirem a superioridade do pensamento de direita no bolso”, explicou.
A despeito das afinidades econômicas, Kogos apontou uma divergência com Milei: a falta de defesa da doutrina cristã. Ele destacou, no entanto, a figura de Victoria Villarruel, vice de Milei, como sua inspiração cristã na política argentina. Segundo ele, Villarruel é uma cristã praticante e defensora da “moral e dos bons costumes católicos na política”, o que Kogos considera essencial para combinar valores católicos com uma sólida ciência econômica. Ao concluir, Kogos defendeu que uma sociedade ideal seria organizada de baixo para cima, como na Idade Média, mas com os “avanços que foram feitos na ciência econômica pela Escola Austríaca, no que tange às finanças e o mercado de capitais”, resultando em uma “sociedade católica com um sistema financeiro complexo e tecnologia moderna”.
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