| Foto: Divulgação/Alep/Pedro de Oliveira
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O ex-deputado Homero Marchese (Novo) conversou com exclusividade com a coluna Entrelinhas, contando que verifica com seus advogados quais as possibilidades de ação perante a Justiça após ter seu nome revelado em reportagem da Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (21). O texto aponta que assessores do ministro Alexandre de Moraes teriam mentido no processo sigiloso que acabou por determinar o bloqueio nas redes sociais do ex-deputado estadual paranaense por seis meses. “Nós já entramos com ação de pedido de indenização, ganhamos a ação e perdemos. Ou seja, ganhamos mas não levamos”, aponta Marchese.

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Esse processo, já trazido pela coluna anteriormente, é lembrado por Marchese na análise que faz das novas revelações. Ele relata que a matéria da Folha omite uma informação importante: a de que o juiz da 1ª Vara da Justiça Federal de Maringá (PR), que determinou o pagamento da quantia de R$ 20 mil como indenização por danos morais a Marchese, teve a decisão cassada e está respondendo a processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Ainda tem uma injustiça grande sendo cometida. Moraes cassou a decisão e mandou investigar o juiz”, descreve.

O ex-deputado avalia que, com o seu caso vindo à tona e por estar sendo investigado possivelmente a mando do próprio Moraes, ele espera que sua situação sirva para que se torne mais evidente o que está acontecendo no país. “Essa ilegalidade que aconteceu comigo está acontecendo com outras pessoas também”, destaca.

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Homero ainda acredita que as revelações da Folha de S. Paulo melhoram a sua situação perante a Justiça, "de médio a longo prazo", e deverão trazer uma reação social. De acordo com o advogado, “o poder muda de mãos" e "a maldade feita pelas pessoas é retribuída em vida também". Marchese ainda declara que espera que "a sociedade brasileira acorde, possa reagir e responsabilizar aqueles que estavam falando em nome delas mas violando a Constituição".