
Marco Antônio Costa, conhecido pelo trabalho na comunicação e no ativismo político de direita, revelou em entrevista exclusiva à coluna e ao programa Entrelinhas seus planos de disputar uma vaga no Senado nas eleições de 2026, representando o estado de Minas Gerais. Ele compartilhou detalhes sobre essa nova fase de sua carreira política e a decisão de se lançar como pré-candidato pelo Partido Liberal (PL).
Criador da plataforma Fio Diário e do IFPE Brasil (Freedom of Press and Expression Brasil), um instituto americano voltado à liberdade de expressão e de imprensa, ele se destacou em 2024 na organização dos movimentos "Fora Moraes", que pediram o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A mudança para Minas Gerais está organizada. “Eu já estou me mudando, começo em maio. Já tenho apoio de deputados estaduais, vereadores e outros pré-candidatos. Isso me dá a confiança de que é possível fazer um trabalho significativo", detalhou.
Histórico na política
Durante a eleição de 2022, ele foi questionado sobre uma possível candidatura, mas o momento não parecia propício, porque estava se dedicando à comunicação política. No atual cenário, no entanto, ele enxerga oportunidade no Legislativo. “Hoje, vejo um espaço grande a ser trabalhado no Senado. Quero oferecer minha energia e tempo para lutar por uma reforma urgente que acredito ser mais do que necessária, urgente”, destacou. A ideia de se candidatar "surgiu aos poucos", impulsionada por "conversas com aliados e o apoio do povo de Minas Gerais". “Foram várias pessoas que me chamaram e disseram que seria interessante trazer uma figura que faz o que fala, e que não se limita ao discurso", contou.
Marco também mencionou suas iniciativas, como o IFPE Brasil (Freedom of Press and Expression Brasil), fundado por ele nos Estados Unidos, e o ativismo de rua. “Não fico só no discurso de internet, fico trabalhando diuturnamente. Ano passado, fiz um ativismo de rua exaustivo, e penso em levar isso para Minas Gerais também", analisou.
Para ele, o Senado é um espaço fundamental para engajar as pessoas em torno de uma pauta comum, e ele acredita que o trabalho de base é essencial para criar um movimento político sólido. “Eu vejo muita cizânia, muita discussão de quinta série. Acho que o Senado é o melhor espaço para mobilizar o Estado inteiro em torno de um propósito", pontuou Marco.
"Contra abusos do STF"
O advogado apontou também qual será sua principal bandeira como pré-candidato e, se eleito, enquanto senador: “O STF tem um poder desmesurado e se coloca acima das instituições. Acredito que a principal questão do Brasil hoje é como lidar com esse ativismo judicial que tomou conta do país". Para Marco Antônio, “os portões do inferno foram abertos pelo Supremo Tribunal Federal”. Ele também acusou a Suprema Corte de relativizar princípios fundamentais e subverter o Estado de Direito.
O comunicador lamentou a apatia da academia e de outros juristas diante das ações do STF, dizendo que muitos preferem “aplaudir a perseguição do Supremo Tribunal Federal” do que se opor ativamente ao sistema. "Isso torna o nosso trabalho mais importante do que nunca”, analisou. Sobre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Costa avaliou que o órgão é uma “autoblindagem da máquina” criada para controlar o sistema judiciário, "estipulada por ministros do Supremo”.
Ele também abordou a falta de debate sobre a independência dos juízes e a atuação do STF, questionando a transparência do Judiciário. “A caixa preta hoje do Brasil está no Supremo”, disse, apontando a falta de abertura e a concentração de poder nas mãos dos ministros da Corte. Marco defendeu reformas no sistema judiciário: “Para mudar isso, precisa de uma reforma de tudo. Do Regimento Interno do Supremo, do Regimento Interno do Senado, da Constituição”.
Renovação do Senado
Lembrando que é preciso da maioria do Senado para emplacar pedidos de impeachment de ministros do STF e outras pautas importantes para a direita, Marco Antônio destacou nomes que considera fortes para a renovação da Casa. Entre eles, os deputados Marcel Van Hatten (Novo-RS), Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF). Ele enfatizou também que, apesar das divisões na direita, o campo está se organizando para as eleições de 2026. “Temos grandes nomes e trajetórias magníficas, mas sabemos que será um caminho difícil, com resistência dos grandes meios de comunicação, que tentam nos rotular como extremistas,” avaliou.
“O debate sobre a reforma do Supremo e do sistema de justiça deve estar no centro da eleição de 2026. A nossa principal luta é pela liberdade, e o Senado tem um papel crucial nisso,” afirmou Marco. Ele vê em sua pré-candidatura uma maneira de amplificar esse debate e conscientizar a população sobre a gravidade da situação política. “O grande freio do Supremo Tribunal Federal é o Senado. Então é por isso que eu acho que eu me coloco nessa disposição de trabalhar nessa pré-candidatura, porque o verdadeiro espaço de debate para destravar o país está na composição do Senado de 2027", concluiu.
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