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Entrelinhas

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Notas sobre política e variedades. Edição: Mariana Braga (marianam@gazetadopovo.com.br)

Marinho: “Bolsonaro priorizou estabilidade; Lula aposta no populismo”

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

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O senador Rogério Marinho (PL-RN), secretário do Partido Liberal (PL) e articulador político da sigla, publicou um artigo no jornal Poder 360, criticando a condução econômica do governo Lula. Endossado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que recomendou a leitura do texto aos assessores e pelas redes sociais, o artigo aborda escolhas fiscais, inflação e reformas, traçando um paralelo entre o atual cenário econômico e os avanços obtidos durante a gestão anterior.

No texto intitulado "DNA de Lula e o pecado original", Marinho argumenta que o governo tem adotado uma postura de "inércia", permitindo que decisões cruciais sejam transferidas para futuros governantes ou influenciadas por lobbies. "Ao assumir, o governo propôs uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da 'transição', que apenas ampliou permanentemente os gastos públicos em R$ 170 bilhões, sem uma estratégia crível para aumento de receitas", afirmou o senador.

Marinho destacou os impactos da política econômica nas camadas mais vulneráveis. Segundo ele, a inflação de alimentos, como leite (21,14%) e arroz (12,52%), penaliza desproporcionalmente os mais pobres. Ele também criticou o retorno do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito, anteriormente Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT), e as iniciativas para arrecadação emergencial, como o julgamento de recursos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que resultaram em receitas muito abaixo do esperado.

Outro ponto levantado foi a desvalorização do real e o aumento do custo de vida. "A inflação saiu da meta de 3% e atingiu 4,7%, afetando especialmente os mais pobres. A política econômica está transferindo renda para os mais ricos", afirmou, referindo-se ao aumento dos subsídios tributários e ao crescimento da dívida pública, que pode atingir 84% do PIB até o fim do mandato.

O senador criticou também a reforma tributária, alegando que o governo cedeu aos lobbies no Congresso, criando um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) com alíquota elevada e "o maior imposto sobre bens e serviços do mundo". Ele considera essa decisão um retrocesso para os consumidores e para a competitividade do país.

Marinho sugeriu medidas como a reforma administrativa e o corte de subsídios como formas de equilibrar as contas públicas. "É hora de acabar com o ciclo vicioso de festas de arromba seguidas de curtas 'faxinas'", concluiu o parlamentar.

Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, já ocupou posições de destaque nos governos anteriores, incluindo os cargos de ministro do Desenvolvimento Regional e secretário especial de Previdência e Trabalho, consolidando-se como uma das principais vozes críticas à gestão petista.

Conteúdo editado por: Mariana Braga

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