| Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados
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Campeão olímpico nos jogos do Rio de Janeiro (RJ), em 2016, e atual deputado federal pelo Partido Liberal (PL) de Minas Gerais (MG), Maurício Luiz de Souza, conhecido como Maurício do Volêi, conversou com a coluna Entrelinhas e criticou a escolha da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, para ser a representante do Brasil na abertura do Jogos Olímpicos, que ocorreu nesta sexta-feira (26), em Paris, na França.

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No último dia 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que ela iria representá-lo na cerimônia. “A Janja não tem nenhum cargo político, ela é não política, é esposa, primeira-dama. Portanto, ela não deveria estar lá representando o Brasil, ainda mais em um campeonato tão importante como esse”, afirmou Maurício do Vôlei. Lula criou um impasse para a diplomacia brasileira com a decisão, pois o prazo para solicitar a entrada no evento havia terminado. Embora não seja chefe de Estado, Janja conseguiu, de última hora, uma credencial para ser a representante oficial do país.

“Ao invés de ela motivar os atletas, sua presença irá desmotivar. Não poderia ocorrer essa interferência”, disse. “Essa é apenas mais uma forma de colocar ela em evidência e temos que aceitar isso ‘goela abaixo’, como o governo sempre faz”, opinou o ex-atleta.

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Nesta sexta-feira (26), antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas, Janja participou de uma recepção oferecida pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e pela primeira-dama francesa, Brigitte Macron, aos chefes de Estado e de governo. No sábado (27), a agenda de Janja aponta que ela participará de uma cerimônia de apresentação do vídeo “Juntos somos imbatíveis”, realizado com atletas olímpicos em apoio à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Há ainda a menção ao lançamento da campanha “Europa Embratur/SEBRAE”.  

O ex-atleta olímpico e deputado federal Luiz Lima (PL-RJ) foi outro parlamentar da oposição que reprovou a escolha de Janja. “Mais um equívoco do governo brasileiro. Quem deveria estar representando o Brasil, o governo, em uma ação institucional, deveria ser o ministro do Esporte”, afirmou Lima (PL-RJ) à coluna Entrelinhas.