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“Migué jurídico”: juíza exilada critica julgamentos do 8/1
| Foto: Reprodução/ Instagram

Ludmila Lins Grilo, juíza exilada nos Estados Unidos após perseguição pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), chamou a expressão “tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito”, referente aos protestos de 8 de janeiro de "migué jurídico". Ela ainda fez orientações para conservadores insatisfeitos com o atual governo e com o Supremo Tribunal Federal (STF). A magistrada aposentada compulsoriamente discursou no Congresso Conservador Brasileiro ocorrido em Boston, Massachusetts, sugerindo que novas manifestações não sejam realizadas em Brasília, mas em São Paulo. Segundo ela, “na Avenida Paulista não tem Praça dos Três Poderes para você ser acusado de golpe de Estado”.

"Na Avenida Paulista é infinitamente mais seguro você fazer uma manifestação política do que em Brasília. […] A gente tem que fazer na Paulista mesmo”, declarou ela em discurso. Ludmilla também citou o decano do STF, alegando “cinismo jurídico”. “E o próprio Gilmar Mendes falou isso em uma entrevista em Portugal e achou que ninguém ia saber. Mas hoje em dia todo mundo tem iphone, né, Gilmar Mendes, lamento, todo mundo viu e todo mundo sabe que você é um cínico", afirmou a juíza.

Além de Ludmila, o ex-presidente Jair Bolsonaro discursou virtualmente, afirmando que "quem não está de acordo com as pautas da esquerda tem a sua vida bastante prejudicada". O ex-presidente comentou que as eleições americanas podem ajudar o Brasil a “voltar à normalidade” e pediu que os brasileiros exilados continuem trabalhando para que, “se for o caso, sanções sejam determinadas contra o Brasil, porque sem liberdade não temos democracia”. Ele encerrou dizendo que a falta de liberdade “é o que não queremos para o nosso povo”.

O evento contou também com a presença do ex-ministro Ernesto Araújo, do deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), dos jornalistas exilados Allan dos Santos e Paulo Figueiredo, do ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO) e advogados dos presos de 8 de janeiro, que reclamaram das condições relativas aos direitos humanos nas penitenciárias do Distrito Federal.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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