Moro diz que Mendes aumenta polarização com ofensas a Curitiba. O programa Entrelinhas desta quarta-feira (4) traz a reação do senador Sergio Moro (União Brasil) às críticas do ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), direcionadas a Curitiba.
Em declaração à coluna Entrelinhas, Moro repudiou as falas do magistrado, que associaram a capital paranaense a uma "má fama" devido à condução da operação Lava Jato. "O ministro Gilmar Mendes tem ofendido gratuitamente Curitiba e o Paraná por sucessivas vezes. ‘Germe do fascismo’, ‘má fama’, por exemplo”, frisou.
Falaremos ainda do deputado federal Marcel van Hattem (Novo), que desafiou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, a prendê-lo durante uma audiência nesta terça-feira (3), na Comissão de Segurança Pública.
A audiência foi para ouvir o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e contou com a presença de Andrei Rodrigues.
É a partir das 10h30, ao vivo.
Moro diz que Mendes aumenta polarização com ofensas a Curitiba
De acordo com o antigo ministro de Jair Bolsonaro, o discurso do ministro “alimenta a polarização e ofende a todos os paraenses”. “Não podemos concordar com essas manifestações", destacou Moro.
Nas redes sociais, ele reforçou a defesa: "Amamos Curitiba e o Paraná e ninguém se importa com a opinião de Gilmar Mendes sobre nossa terra". A resposta veio após o magistrado, durante cerimônia na Câmara Legislativa do Distrito Federal, criticar a atuação de Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo-PR) na Lava Jato, afirmando que as ações da força-tarefa trouxeram uma reputação negativa à cidade.
Mendes relembrou sua passagem por Curitiba em 1978, durante o 7° Congresso da OAB, mencionando o protagonismo da cidade na discussão de temas como habeas corpus e anistia. “[Houve] debate sobre as medidas de exceção, Estado de defesa e Estado de emergência. […] Não é a Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro, Dallagnol e companhia", disse o ministro do STF.
Deltan Dallagnol, também mencionado nas críticas, limitou-se a republicar a declaração de Moro na rede social X, sem acrescentar novos comentários. Dallagnol, que perdeu o mandato de deputado federal após cassação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2023, já havia classificado a decisão como uma “vingança” de figuras poderosas.
Marcel van Hattem desafia diretor da PF a prendê-lo
Na ocasião, o deputado gaúcho se dirigiu ao diretor da PF fazendo referência ao inquérito que a corporação instaurou contra ele por um discurso no plenário da Câmara dos Deputados.
“Se eu estou fazendo crime contra a honra, porque o seu chefe da Polícia Federal, diretor Andrei, não me prende agora? Em flagrante delito. Se é um crime contra a honra que estou cometendo, que me prenda”, disparou o deputado do Novo.
Van Hatten está sendo investigado por ter criticado o trabalho realizado pelo delegado da PF Fábio Alvarez Shor em investigação contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na audiência, Lewandowski comentou sobre o indiciamento dos deputados por declarações no plenário e disse que “crimes contra honra” não são protegidos pela imunidade parlamentar.
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O programa Entrelinhas traz a melhor cobertura do noticiário, abordando os temas mais urgentes, com apresentação de Mariana Braga e comentários de Paulo Polzonoff. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10h30, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.