O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) participou do programa Entrelinhas da Gazeta do Povo, onde se posicionou como o principal opositor do presidente Lula no Paraná. Durante sua recente visita ao estado, Lula criticou Moro mais do que qualquer outro político local: “O Lula vem ao Paraná e ele fala mal de quem?”, disse Moro, acrescentando que o presidente foi ao estado para “ofendê-lo”.
Apesar das críticas direcionadas a Lula, Moro evitou comentar se os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm extrapolado suas atribuições constitucionais. Quando questionado sobre uma postura mais incisiva contra essas ilegalidades, o ex-juiz afirmou que “é necessário distinguir entre ser enérgico e ter estratégia”, explicando que a oposição é minoria no Senado Federal. “Então não adianta eu subir na tribuna, soltar foguete, ficar gritando, se você não constrói politicamente soluções”, justificou, mencionando a aprovação da política antidrogas como um triunfo do Senado.
Moro também afirmou que não há comparação entre o vazamento de mensagens que o envolveu, conhecido como “Vaza Jato”, e as recentes trocas de mensagens relacionadas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, a “Vaza Toga”. Ele criticou a “Vaza Jato”, que divulgou conversas entre ele e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo-PR), após uma invasão hacker. Para o senador, a série de reportagens sobre ele “foi uma farsa utilizada para anulação de condenações de corruptos, alguns até confessos”. “Nenhum inocente incriminado, nenhuma prova fraudada”, reforçou.
As conversas expostas pela “Vaza Jato” sugeriam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato ao propor mudanças na ordem das fases da operação, dar conselhos, fornecer pistas e antecipar decisões a Deltan Dallagnol. Com a publicação das reportagens pelo Intercept Brasil, várias decisões de Moro na Operação Lava Jato foram revistas e anuladas, devido à suposta parcialidade do juiz nos processos. Já a “Vaza Toga” até agora não teve o mesmo desfecho, embora a oposição espere que o mesmo possa ocorrer com as decisões de Moraes no inquérito das fake news e dos atos antidemocráticos, além de sugerirem a destituição do ministro. “O que defendo é a eliminação dos excessos, como as penas exageradas dos manifestantes de 8/1”, concluiu Moro sobre o assunto.
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