Em entrevista ao programa Entrelinhas, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) abordou os desafios enfrentados pela oposição no Congresso Nacional, principalmente no que se refere à pressão pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes. "A premissa de toda essa discussão é que, contra uma tirania, não há nenhum instrumento que será considerado democrático", declarou.
O parlamentar mencionou a importância da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que está sob relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kássio Nunes Marques e trata da derrubada de certas medidas do judiciário, como o bloqueio da plataforma X no Brasil. Ele destaca que a censura ao antigo Twitter traz consequências econômicas ao país, afetando tanto a direita quanto a esquerda. "O impacto econômico bate no bolso de todos”, pontuou.
Em outro momento da entrevista, o deputado fez críticas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a quem chamou de "o maior covarde do Brasil". Ele destacou que, para o impeachment de Moraes avançar, ainda faltam cinco assinaturas de senadores, mas ressaltou que o “centrão” tem sido um grande obstáculo. Nikolas opinou que muitos parlamentares são "comprados por emendas", o que torna a luta assimétrica.
No âmbito das comissões, Nikolas Ferreira revelou que, como presidente da Comissão de Educação, decidiu obstruir pautas da esquerda. "Já deixei bem claro que não vou pautar nada da esquerda", enfatizou, sinalizando sua intenção de bloquear propostas contrárias à sua visão política como forma de pressionar os outros parlamentares a se posicionarem pelo impeachment de Moraes.
O parlamentar concluiu que a oposição deve utilizar todas as ferramentas disponíveis para resistir ao que ele considera abusos do Judiciário. "Todas as armas contra uma ditadura são plausíveis", finalizou.
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