O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) apresentou uma notícia-crime à Polícia Federal (PF), solicitando investigação sobre o suposto uso indevido do Fundo Eleitoral pela deputada federal Duda Salabert (PDT-MG). Nikolas alega que a deputada teria destinado recursos públicos de suas campanhas eleitorais a empresas criadas por ex-assessores parlamentares. Segundo o congressista, os funcionários deixavam seus cargos próximo ao período eleitoral para abrir essas empresas, recebendo quantias significativas dos fundos eleitorais.
A coluna Entrelinhas teve acesso ao documento oficial entregue à PF, que solicita a abertura de inquérito para investigar os supostos desvios. Na representação, Nikolas detalha o que considera ser o “modus operandi” adotado pela deputada, afirmando que “a transferência de recursos eleitorais a empresas registradas em nome de ex-assessores parlamentares” ocorria com frequência.
O deputado cita, entre os envolvidos, a empresa Alafia Ati Rere Comunicação Ltda, que teria recebido R$ 5,05 milhões da campanha de Duda em 2024, além de uma empresa anterior que teria sido registrada pelo mesmo assessor, a Orire Comunicação Ltda., beneficiada em 2022. Já a empresa GT Assessoria e Consultoria Eleitoral SPE Ltda. teria recebido R$ 750 mil em 2024. Nikolas sugere que o depósito dessa quantia ocorreu até mesmo antes da constituição formal da empresa, o que, segundo ele, “levanta maiores suspeitas sobre a legalidade das operações financeiras”.
O parlamentar indica ainda a existência de documentos que demonstrariam que as empresas citadas foram registradas com o mesmo endereço, telefone e e-mail, configurando, para ele, uma “operação suspeita”. Além disso, o parlamentar aponta que o local registrado como sede das empresas é um endereço residencial, o que, de acordo com ele, “não aparenta ser a sede de empresas que recebem quantias milionárias”.
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