O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB-SP), admitiu arrependimento quanto à obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 imposta aos funcionários da prefeitura, dizendo que agora é “contra a questão da obrigatoriedade". A declaração foi feita em entrevista concedida ao jornalista Paulo Figueiredo, na tarde desta segunda-feira (16). Ao ser questionado se mudaria alguma de suas decisões tomadas durante a pandemia, Nunes afirmou que "ninguém acertou tudo e ninguém errou tudo", ressaltando a complexidade do cenário enfrentado na época.
Recentemente, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) declarou seu apoio ao candidato Pablo Marçal (PRTB-SP) durante sua participação no programa Entrelinhas, justificando que desaprovou quando Nunes se orgulhou de ser o prefeito que defendia a “vacinação compulsória”. Com a admissão do prefeito de que essa medida foi um erro, especula-se que Zambelli e outros aliados de Bolsonaro possam reconsiderar seu posicionamento e voltar a apoiar a candidatura de Nunes à prefeitura de São Paulo.
Além da questão da vacinação, Nunes fez um aceno ao público conservador ao abordar a possibilidade de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Segundo o prefeito, "havendo os pré-requisitos, o impeachment deve ser aberto". No entanto, ele ponderou que os fatos expostos na chamada "Vaza Toga", veiculada pela Folha de S. Paulo, ainda precisam ser investigados, visto que "nem tudo ali contido pode ser verdade". Durante a entrevista, o jornalista listou outros casos, como os de Filipe Martins, Allan dos Santos e o próprio Figueiredo, como razões suficientes para o impeachment, mas Nunes manteve sua posição cautelosa.
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