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Candidatos à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB-SP) e Ricardo Nunes (MDB-SP) demonstraram um afastamento estratégico do "bolsonarismo" em suas recentes declarações. Ricardo Nunes, que conta com o apoio oficial de Jair Bolsonaro e do Partido Liberal (PL) ao lado de Coronel Mello Araújo (PL-SP) como vice em sua chapa, enfrenta a concorrência de Marçal, que vem ganhando destaque entre os eleitores de direita devido a suas críticas incisivas aos adversários de esquerda, como evidenciado no debate da TV Band em 8 de agosto.
Embora busque o apoio dos eleitores bolsonaristas, Ricardo Nunes, atual prefeito e candidato à reeleição, tem evitado o rótulo de "bolsonarista", preferindo ser identificado como “ricardista”. Em entrevista à Jovem Pan, no dia 5 de agosto, Nunes destacou que as eleições municipais de 2024 devem ser focadas nos desafios locais e não vistas como uma continuidade da disputa presidencial de 2022 entre Lula versus Bolsonaro, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento de São Paulo.
Por outro lado, em uma entrevista ao canal Brasil Paralelo, exibida em 12 de agosto, Pablo Marçal fez críticas a Carlos Bolsonaro (PL-RJ), acusando-o de ser “raivoso” e “rancoroso”, e responsabilizando o vereador pela derrota de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2022. Marçal argumentou que a postura inflexível de Carlos foi “determinante” para a vitória de Lula, mencionando também outros supostos erros estratégicos do ex-presidente, como a recusa em se vacinar contra a Covid-19 e o desempenho no debate da TV Globo. Marçal contou que sugeriu que Bolsonaro gravasse um vídeo “pedindo perdão por algumas falas”, mas Carlos teria vetado a ideia. “Carlos Bolsonaro não gostou, falou que o pai dele não pediria perdão para ninguém”, revelou Marçal.
Em resposta, Carlos Bolsonaro utilizou suas redes sociais para criticar as declarações de Marçal. “Bicho, vá ser feliz. Continue sua saga aí de boa, entretanto me deixe fora de suas mentiras”, declarou. O vereador também rechaçou a insistência de Marçal em mencioná-lo: “Vá ser a nova direita onde quiser e como quiser. Somente pare de mentir usando meu nome pelo amor de Deus”.
Conteúdo editado por: Mariana Braga