Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressistas e articulador de Jair Bolsonaro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), tem mantido silêncio sobre sua posição em relação ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Enquanto as pressões aumentam, sua postura discreta gera especulações sobre possíveis estratégias nos bastidores, especialmente após sua declaração à Gazeta do Povo em 2023, afirmando que "não acreditava no impeachment como saída". Nos corredores do Senado, comenta-se que Nogueira estaria articulando outra alternativa política para a crise institucional.
Paralelamente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, está sendo pressionado por lideranças a submeter diretamente ao plenário o pedido de impeachment de Moraes. A estratégia envolveria o uso de uma lacuna regimental, permitindo que a decisão fosse transferida para o plenário, onde se exige maioria absoluta de 41 votos para abrir o processo. Embora a tendência entre os senadores seja contrária ao impeachment, a manobra permitiria que Pacheco atendesse à oposição sem atritos diretos com o Judiciário.
Simultaneamente, a senadora Damares Alves articula uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa impedir o STF de abrir inquéritos, tornando inválido o inquérito das fake news iniciado por Dias Toffoli em 2019. Caso aprovada, a PEC anularia atos posteriores, incluindo as condenações dos envolvidos no 8 de janeiro e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse cenário cria uma nova dinâmica no embate entre o Legislativo e o Supremo, com possíveis consequências para o futuro das investigações conduzidas por Moraes.
Abaixo-assinado contra Moraes chega a 1,5 milhões de assinaturas
O abaixo-assinado que pede o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes bateu a marca de 1.500.00 signatários nesta quarta-feira (11). A petição foi criada na plataforma Change.org.
O documento recebeu apoio de parlamentares e outros políticos, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o texto pedindo o impeachment de Moraes foi baseado nas denúncias do jornal Folha de S. Paulo. O veículo divulgou troca de mensagens entre assessores do ministro do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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