Deputados da oposição decidiram reforçar a pressão para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tire da gaveta a proposta de implementação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar os abusos de autoridade no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Desde novembro de 2023, um pedido para a instalação para a CPI aguarda uma definição de Lira. O documento já foi protocolado e conta com o mínimo de 171 assinaturas necessárias para uma CPI ser instalada. Na quinta-feira (29), a oposição renovou o pedido com um novo requerimento, que conta com o apoio de 67 deputados federais. O objetivo é que o presidente da Câmara finalmente autorize a criação da comissão.
O deputado federal e vice-líder da oposição na Câmara Federal, Maurício Marcon (Podemos – RS), em conversa exclusiva com a coluna Entrelinhas, revela um cenário de dúvidas em relação ao que pode ser feito pelo Congresso contra o que ele chama de “ditadura do judiciário” no Brasil. “O Senado está completamente de joelhos para esses absurdos”, declara o parlamentar.
Enquanto aguarda que a presidência da Casa desengavete a CPI, Marcon acredita que a saída contra o que ele chama de abusos de poder do Judiciário é a pressão popular. “A resposta parece clara para muitos: a manifestação é o caminho”, aponta o parlamentar.
Marcon estará presente nos atos “Fora Moraes” no próximo dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP). O deputado declara que a mobilização é essencial para evidenciar os abusos cometidos contra apenas um lado do espectro político nacional: a direita. “Essa é a realidade do Brasil: estamos de braços atados”, desabafa.
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