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Entrelinhas

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Notas sobre política e variedades. Edição: Mariana Braga (marianam@gazetadopovo.com.br)

Orleans e Bragança aponta interesse do “centrão” de excluir a direita e ter acesso ao orçamento

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O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) participou nesta terça-feira (17) do programa Entrelinhas, da Gazeta do Povo, e fez uma análise sobre o papel dos partidos do “centrão” nas eleições municipais deste ano e nas principais pautas do Legislativo. Ele classificou o grupo como alinhado conforme a conveniência, sem uma direção clara e deu como exemplo o PSD e o MDB.

“A maioria busca benefícios do governo em troca de apoio orçamentário”, explicou o deputado. De acordo com ele, a grande quantidade de recursos orçamentários disponíveis em São Paulo, por exemplo, atrai o “centrão”. O parlamentar também acusou o grupo de tentar cercear candidaturas de direita em todo o Brasil. Ele apontou que, para candidatos do centro vencerem as eleições, é necessário eliminar a concorrência dos candidatos que possuem uma opinião pública consolidada, normalmente claramente de esquerda ou direita. “Candidatos de direita são excluídos da discussão política para que o ‘centrão’ possa se apresentar como o representante da direita”, afirmou Orléans e Bragança.

O deputado federal argumentou que a esquerda não enfrenta o mesmo cerceamento, pois seu objetivo é aumentar os gastos públicos. “A esquerda quer implementar políticas similares às do governo federal em nível local e isso acaba beneficiando o ‘centrão’, que mantém um relacionamento próximo com grandes empresas”, observou. Orleans e Bragança chamou essa relação de “capitalismo de compadrio”, onde o estado e as grandes empresas estão entrelaçados.

Luiz Philippe criticou ainda os gastos excessivos da esquerda, que criam planos assistenciais e estruturas permanentes de despesas das quais o “centrão” se beneficia. A direita, segundo o deputado, tem se oposto a essas práticas desde os últimos dez anos. “Temos que lutar contra a corrupção endêmica nos contratos que o centrão tanto adora”, concluiu Orleans e Bragança.

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Conteúdo editado por: Mariana Braga

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