“Um roubo aberto, escancarado e anunciado”, disse à coluna Entrelinhas o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) sobre o resultados das eleições na Venezuela. “Eu recebi mensagens de venezuelanos que já ventilavam exatamente o que aconteceu por lá”, assegurou o parlamentar, sobre informações que recebeu antes do resultado oficial da ditadura de Nicolás Maduro. De acordo com o parlamentar, essa mensagens afirmavam, cerca de uma hora antes do encerramento do pleito, que Maduro sairia vitorioso nas urnas e que a margem seria de cerca de 1% a mais que seu opositor, Edmundo González, o que dava “claros indícios de que tudo estava fraudado”.
Orléans e Bragança critica que, mesmo sabendo dos desmandos do regime de Maduro, a oposição não tenha uma estratégia mais evidente, além de dar “murro em ponta de faca”. O deputado afirma que os contrários ao regime de Maduro sabem que o “grupo criminoso” não sairá através do voto, pois “não abre mão dos bilhões e não quer ser preso por cortes internacionais”. Bragança critica que, mesmo assim, a oposição tenha feito campanha e participado de eleições “com normas criados pelos bandidos”.
Luiz Philippe alerta que situação similar já acontece no Brasil. “Mudam as pessoas, muda o tom, que lá é mais belicoso, já que em pouco tempo atrás, senadores da Venezuela davam tiros no povo”, alerta. “Não são revolucionários, são narcocrimonosos guerrilheiros”, avalia. O deputado ainda lembra à reportagem que mais da metade dos generais do atual regime de Maduro são militares das Forças Armadas Correligionários (Farcs) e foram promovidos com a ascensão do chavismo. “Esse tipo de trato é desprovido de direitos humanos. Tratam civis como se fossem um grupo rival e usam essa fachada de democracia para combater barbaridades”, pontua.
Nas eleições municipais brasileiras deste ano, o deputado afirma que o governo federal já sabe que prefeitos de direita serão eleitos massivamente. “Só que, como o sistema tributário é controlado por eles, os prefeitos não vão mandar em nada, terão zero de recursos. Tudo irá ficar nas mãos do governo federal”, assegura o parlamentar. “Esse é o plano, todos terão que pedir benção para o dono do cofre”, conclui.
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