| Foto: Julia Prado / Câmara dos Deputados
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Osmar Terra (MDB-RS), médico, deputado federal e ex-ministro do governo Bolsonaro, foi questionado pela coluna Entrelinhas sobre o aumento das mortes por dengue nos últimos seis meses, superando a média dos últimos sete anos. Ele descreveu a situação como uma "tragédia" e detalhou os motivos que levaram a esse cenário alarmante. Terra explicou que a dengue, uma endemia com surtos epidêmicos recorrentes no Brasil, tem apresentado um aumento extraordinário nos casos e mortes este ano.

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“Bateu todos os recordes, é um número de casos de dengue e também um número recorde de mortes, que equivalem a seis meses vários anos de óbitos que teve em todas as epidemias de dengue que ocorreram antes, somadas”, afirmou o deputado. Ele ressaltou que a situação é inédita e grave, especialmente porque, desde março de 2023, uma vacina contra a dengue está disponível, mas não foi amplamente adquirida pelo Ministério da Saúde.

Osmar Terra criticou a falta de ação do Ministério da Saúde em providenciar a vacinação em massa, apesar da disponibilidade da vacina e da previsão anual de epidemias de dengue. "O ministério não comprou um número importante, porque a dengue hoje afeta todos os estados brasileiros. Antes, afetava alguns estados da região Norte, mas agora pega o Sul, pega todos os estados brasileiros e o ministério não providenciou a vacinação em massa que teria que ter sido feita para prevenir", lamentou.

Ele destacou que a vacina contra a dengue foi testada durante seis anos, ao contrário das vacinas contra a Covid-19, desenvolvidas em poucos meses, e é eficaz contra os quatro sorotipos do vírus. Terra enfatizou a importância da imunização, uma vez que a infecção por diferentes sorotipos aumenta o risco de dengue hemorrágica. "A dengue tem quatro tipos. Não é uma pessoa que pega um sorotipo não pega de novo, ela fica com imunidade para aquele sorotipo”. Mas se pegar dois ou mais sorotipos, “o risco de dengue hemorrágica aumenta muito", concluiu o deputado.

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