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Marco Antônio Costa, jornalista, advogado e ativista político, tem se destacado como uma das principais vozes organizadoras dos eventos "Fora Moraes" e confirmou que o próximo grande ato será realizado em Belo Horizonte no dia 29 de setembro. O local foi escolhido tendo como foco o reduto eleitoral do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que, segundo Costa, "se tornou um prevaricador ao não pautar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes". A manifestação terá a participação de diversas lideranças políticas e visa cobrar diretamente a responsabilidade de Pacheco.
Além disso, já há outro protesto marcado para o dia 20 de outubro, com o objetivo de ampliar as mobilizações para o maior número possível de cidades brasileiras. Em entrevista exclusiva à coluna Entrelinhas, Marco Antônio compara o atual cenário político à Segunda Guerra Mundial, afirmando que, assim como os aliados, os brasileiros não sabem até onde os desafios irão. Costa acredita que "o que precisamos fazer é mostrar força e continuar lutando pelo que é certo, independentemente de ganhos a curto prazo". Ele enfatiza que o objetivo central das manifestações é defender a liberdade de expressão e pressionar lideranças políticas a agirem.
O comunicador também acusa Rodrigo Pacheco de fazer parte de um sistema corrompido que, segundo ele, está "literalmente envolvido em uma atividade criminosa". Ele defende a abertura de um processo no Conselho de Ética do Senado Federal para cassar o mandato do senador, caso siga sem pautar o impeachment. "Se ele quiser continuar prevaricando, será necessário ter notícia-crime por todos os motivos que ele incorreu", alerta o advogado.
Apesar dos desafios, Costa mantém a confiança de que a pressão popular poderá gerar mudanças significativas no cenário político brasileiro. Ele ressalta que "a oposição está fazendo um ótimo trabalho nas redes sociais" e que o foco deve ser aumentar o custo político das ações de Moraes para o próprio sistema. A estratégia, segundo ele, é pressionar as bases eleitorais dos senadores que ainda não se posicionaram.
Marco Antônio Costa compara ainda as manifestações atuais com as que ocorreram para afastar a então presidente Dilma Rouseff em 2016. Ele analisa que “ninguém tinha medo dela”. Por esse motivo, Marco faz um apelo à população para não desistir da luta, destacando que "a maioria silenciosa que não se manifesta é a que permite os desmandos". Para ele, é fundamental que o medo imposto pelo regime de Moraes seja superado, porque quanto mais intimidados os cidadãos estiverem, mais a liberdade estará em risco.
Conteúdo editado por: Mariana Braga