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O padre José Eduardo, que foi indiciado junto com 36 outras pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro, por supostamente integrar um grupo envolvido no planejamento de um golpe de Estado, utilizou as redes sociais para se defender da pecha de “ultraconservador”. Em postagem na rede X, o sacerdote destacou que sua atuação reflete os ensinamentos da Igreja Católica e citou o papa Francisco como alinhado às mesmas posições.
Ele destacou que o jornalista Guilherme Caetano, do jornal Estadão, publicou um artigo cuja tese central é a de que ele e outros padres fazem parte de uma “rede ultraconservadora dentro da Igreja”. “Somos contra o aborto e a ideologia de gênero e militamos por isso", declarou o padre. Ele lembrou que o papa classificou o aborto como “nazismo de luva branca” e a ideologia de gênero como “diabólica”.
Rebatendo a acusação de pertencer a uma “rede ultraconservadora”, o padre ironizou: “Se fazemos parte de uma ‘rede’, é de uma bastante antiga, chamada Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana”. Ele também questionou o uso do termo “ultraconservador” por fazer oposição ao aborto e à ideologia de gênero. “Somos ‘apenas’ católicos”, reforçou.
O sacerdote também mencionou sua participação em defesa dos posicionamentos religiosos, incluindo uma sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto de 2018, como representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na ocasião, ele destacou a “posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, assim, “todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”.
Conteúdo editado por: Mariana Braga