Durante o debate promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, fez uma comparação entre a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) e a de Padre Kelmon nas eleições de 2022. Segundo Boulos, o influenciador teria vindo "para tumultuar", em referência ao papel desempenhado por Kelmon durante as eleições presidenciais. Em resposta, Marçal retirou uma réplica de uma carteira de trabalho do bolso e afirmou: "Vou exorcizar o demônio com uma carteira de trabalho", insinuando que Boulos nunca trabalhou.
A troca de farpas entre os dois candidatos continuou, com Boulos acusando Marçal de não ter "limites éticos ou morais", sugerindo inclusive que o rival seria um "mau-caráter" ou até "psicopata". Mesmo após voltarem aos seus lugares, a tensão seguiu acirrada, quando Marçal provocou novamente ao estender a carteira de trabalho na direção de Boulos, levando-o a tentar um tapa leve na mão do adversário. A discussão foi interrompida por uma das organizadoras do evento.
Questionado pela coluna Entrelinhas sobre a comparação feita por Boulos, Padre Kelmon declarou que não se sentiu ofendido pela referência. "Isso não é ofensa para mim", afirmou, acrescentando que Marçal apenas expôs a realidade sobre Boulos: "O cara nunca trabalhou".
Para o padre, as ações de Boulos no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) revelam um desprezo pela propriedade privada e pelo esforço individual. "Pablo Marçal só expôs aquilo que Guilherme Boulos é: nunca trabalhou e não sabe o que é uma carteira de trabalho", concluiu. Nas redes sociais, após ser entrevistado pela coluna, Kelmon publicou um vídeo comentando o assunto.
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