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O deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) comentou no programa Entrelinhas sobre a formação de um novo partido, o Conservador, que está em fase de estruturação. Segundo ele, a criação de novas legendas não representa uma ameaça ao Partido Liberal (PL). “Não vejo como uma ameaça. O meu entendimento é de que muitos partidos são um problema, um problema financeiro, um problema político mesmo", destacou. Bove explicou que idealiza um cenário político com menos partidos, mais representativos, “como ocorre em países desenvolvidos”.
Para o parlamentar, o surgimento de novas siglas é um processo natural, embora enfrente barreiras significativas. "Existe uma dificuldade de se criar o partido, de se formar uma massa de políticos para aderir àquele partido, e depois existem as dificuldades financeiras", pontuou. Ele destacou que mesmo partidos bem estruturados levam tempo para consolidar espaço no cenário político nacional, a menos que figuras de grande influência, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, decidam migrar para a legenda.
Bove também fez questão de elogiar a estrutura e liderança do PL, ressaltando sua flexibilidade e ideais conservadores. "O presidente Valdemar [Costa Neto] é um homem de palavra, o presidente Tadeu aqui da estadual [de São Paulo] também, o André do Prado é um grande líder do partido em nível estadual, e temos o Altineu Côrtes liderando a bancada em Brasília", descreveu. Segundo o deputado, o partido tem conseguido conciliar diferenças regionais e preservar a defesa de valores como a vida e o livre mercado.
Sobre a possibilidade de surgirem novos partidos conservadores, Bove reconheceu que há quadros valiosos na direita que não se encontram mais no PL, como Ricardo Salles (Novo-SP) e Marcel Van Hattem (Novo-RS). No entanto, ele reiterou que a legitimidade de uma legenda de direita depende do apoio de Jair Bolsonaro: “Não existe direita no Brasil sem Jair Messias Bolsonaro”.
Bove reafirmou que o PL segue como um partido acolhedor e com princípios sólidos. Ele enfatizou que divergências internas são um reflexo da democracia dentro da legenda, o que, em sua visão, fortalece o partido enquanto representação política de direita no Brasil.
Conteúdo editado por: Mariana Braga