O senador Marcos do Val (Podemos-ES) demonstrou convicção, em entrevista à coluna Entrelinhas, de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está finalmente atento à gravidade das denúncias e deverá abrir o processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), caso as 51 assinaturas necessárias sejam alcançadas. Do Val confidenciou que Pacheco estaria arrependido de ter sido eleito presidente do Senado, principalmente após a recusa do ministro de desbloquear as contas do senador capixaba. Moraes decidiu que o presidente do Congresso não possuía legitimidade para fazer o pedido, o que, nas palavras de Do Val, "desmoralizou" o Senado e o próprio Pacheco.
O congressista do Podemos destacou que, desde que seu gabinete foi invadido de forma ilegal pela Polícia Federal, houve uma “violação grave de suas prerrogativas parlamentares”. Ele expressou frustração com a postura de Pacheco, acusando-o de não agir contra os abusos do ministro Moraes. "Esse embate não é uma questão pessoal", afirmou o senador, reforçando que sua luta é pela defesa das prerrogativas do Senado e das garantias constitucionais que, segundo ele, estão sendo sistematicamente violadas.
O senador ainda opinou que o ministro está sendo investigado em fóruns internacionais, comparando a situação brasileira aos julgamentos de Nuremberg, da Alemanha nazista, acusando o magistrado de crimes contra a humanidade devido à violação das liberdades individuais.
Presidindo o Plenário, na última quarta-feira (4), logo após o discurso do senador Carlos Portinho (PL-RJ), que o chamou de "avalista do ministro Alexandre de Moraes", o senador Pacheco admitiu que "o único problema concreto” no período de três anos e meio como presidente do Senado seria o episódio que chamou de "lamentável" envolvendo Marcos do Val. Pacheco também creditou o reestabelecimento das redes sociais do senador capixaba à sua atuação no caso e reiterou que está trabalhando para resolvê-lo no âmbito do STF.
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