| Foto: Renato Araújo/Agência Câmara
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Em entrevista ao Programa Entrelinhas, o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) afirmou que o vice-prefeito de São Paulo (SP) e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), não representa a direita na capital paulista. Salles criticou o Partido Liberal (PL), do qual fazia parte antes de voltar para o Novo, por não lançar uma candidatura própria em São Paulo, isentando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de qualquer responsabilidade.

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“O Valdemar Costa Neto tem uma relação histórica com Ricardo Nunes e, por isso, apoiou sua candidatura”, explicou. Segundo ele, o presidente nacional do PL tem secretarias e subprefeituras negociadas com o atual prefeito. “Ele tinha outros interesses e motivos para apoiar o Ricardo Nunes e Bolsonaro precisava focar na campanha do Alexandre Ramagem (PL) no Rio de Janeiro (RJ)”, avaliou. O deputado federal lembrou que, apesar disso, o ex-presidente pôde indicar o candidato a vice, Coronel Mello Araújo, que compõe a chapa.

Salles também sublinhou que Nunes não apoiou Bolsonaro nas eleições de 2022 e destacou as conexões do candidato com o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que está em três ministérios do governo Lula. O parlamentar ressaltou que o chefe de campanha de Nunes, Rodrigo Garcia, tem laços com o ex-governador João Dória e é próximo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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“Há muitos aspectos que não são ditos e as pessoas não têm essa memória política. [Pablo] Marçal, por não estar na política há muito tempo, talvez não conheça esses detalhes, mas eu conheço”, destacou Salles, enfatizando que a direita deveria evitar apoiar o “centrão”, que, segundo ele, trabalha contra seus interesses.

Ao ser questionado, ainda, sobre como seria uma possível candidatura sua em São Paulo, se não tivesse sido excluído do pleito pelo seu antigo Partido Liberal (PL), Salles declarou: “Eu acho que eu ia ganhar. Pablo Marçal está dizendo isso. Eu tenho bandeiras de direita muito consolidadas”. O deputado federal destacou sua trajetória de 18 anos com o início do movimento Endireita Brasil e sua passagem por secretarias e ministérios.