O abaixo-assinado que pede o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes bateu a marca de 1.500.000 signatários nesta quinta-feira (12). A petição foi criada na plataforma Change.org e recebeu apoio de parlamentares e outros políticos, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O texto foi baseado nas denúncias do jornal Folha de S. Paulo, que divulgou trocas de mensagens entre assessores do ministro do STF e peritos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dados demonstram que o magistrado teria utilizado o tribunal de forma ilegal para embasar inquéritos contra apoiadores de Bolsonaro no Supremo.
“Trata-se do maior atentado à democracia já testemunhado pelo povo brasileiro, em que um ministro do STF usa ilegalmente o aparato estatal para perseguir alvos por ele pré-determinados”, afirma a petição.
O documento destaca ainda que o ministro do Supremo teria usado o “falso pretexto de defender a democracia” para “destruir” os pilares democráticos. “Descumpriu a Constituição Federal de 1988 de uma maneira nunca vista antes na história do Brasil”, ressalta o texto.
Na segunda-feira (9), deputados e senadores da oposição entregaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes. Ao todo, 156 deputados apoiam o texto, assinado ainda pelo autor do documento, o jurista Sebastião Coelho. Ao receber o grupo, Pacheco declarou que analisará o pedido de forma “isenta, técnica e considerando critérios políticos”, mas destacou que a posição do Senado em casos como esse é "muito difícil".
Estrategicamente, nenhum senador assina o pedido para que não seja visto como impedido em uma eventual votação, caso Pacheco de fato coloque o impeachment na pauta da Casa.
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