Fontes da coluna Entrelinhas ligadas ao presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, confirmaram que os planos de ascender o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à presidência nacional do PL foram descartados. A ideia de Costa Neto, segundo foi apurado, agora é outra: projetar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no cenário mundial.
A proposta seria nomear o deputado no cargo, que ainda será criado, de vice-presidente da área internacional do PL. Sua função seria representar o partido internacionalmente e dessa forma abrir portas ao redor do mundo. As boas relações construídas pelo parlamentar em outros países o credenciam para a função. De acordo com essas fontes, faz parte da estratégia designar Eduardo para o cargo o quantos antes.
Essas mesmas fontes confirmaram que o fato de Valdemar e Bolsonaro não poderem se comunicar - conforme decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes - acabou sendo um dos principais entraves para os planos eleitorais da sigla nessas eleições municipais. O partido conquistou 510 prefeituras. Costa Neto chegou a afirmar que o PL teria mais de mil prefeituras, o dobro do que foi conquistado. “Ele não pode falar com o seu principal cabo eleitoral. Essa impossibilidade de comunicação dos dois gerou muito mal estar durante a campanha”, afirmou a fonte em sigilo.
Para a cúpula do partido, a decisão do ministro, que proíbe o contato entre Valdemar e Jair Bolsonaro, teve peso para que os números fossem menores do que o projetado, mas não foi o único motivo. A avaliação na legenda é que Valdemar é a única pessoa que teria conseguido convencer o ex-presidente a gravar propaganda para mais candidatos e também participar de campanhas que ele ignorou. A principal queixa em relação a Bolsonaro é que ele só participou das agendas que queria, privilegiando mais sua afinidade pessoal com os candidatos do que os interesses políticos do partido.
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