| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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“A fala do ministro foi lamentável. Ele quer culpar as pessoas que não são inclinadas a cometer crimes por um atentado que ocorreu devido a uma falha da segurança que deveria ser provida pelo estado norte-americano”, afirmou à coluna Entrelinhas o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS). Ele comentou sobre a declaração do ministro da Justiça brasileiro, Ricardo Lewandowski, que culpou o armamento civil como responsável pelo atentado que feriu o pré-candidato republicano à presidência do Estados Unidos (EUA), Donald Trump.

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“O aumento indiscriminado de armas de fogo em poder dos cidadãos comuns não representa apenas um risco para a segurança pública, mas coloca em xeque a própria democracia, como demonstra o lamentável atentado cometido contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump em plena campanha pela reeleição", disse o ministro ao jornal O Globo.

Pollon afirmou ainda que “no Brasil nós temos o mesmo fenômeno, o estado falha miseravelmente em dar segurança aos cidadãos e quem paga o preço é o cidadão de bem, não inclinado a cometer crimes que é covardemente submetido a um desarmamento ditatorial e desumano”, disse à reportagem.

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O advogado Andre Marsiglia, ao interpretar a declaração do ministro Lewandowski, criticou a lógica implícita: "Por esse raciocínio, devemos também pensar que um país com governos corruptos deve acabar com seus governos, não com a corrupção. Um país com juízes que abusam de seu poder deve acabar com seus juízes, não ajustarem suas leis". Não houve registro de atentado com arma de fogo nos chamados “atos antidemocráticos”. Já a tentativa de assassinato contra Jair Bolsonaro em 2018 foi realizada com uma faca.