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Entrelinhas

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Notas sobre política e variedades. Edição: Mariana Braga (marianam@gazetadopovo.com.br)

Pollon denuncia interferências do PSDB em decisões do PL-MS

(Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) criticou, em entrevista à coluna Entrelinhas, a condução do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul e a aliança com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) nas eleições municipais. O parlamentar relembrou sua insatisfação com a escolha de Beto Pereira (PSDB-MS) como candidato do partido à prefeitura de Campo Grande, afirmando que a decisão também desagradou à base conservadora do partido. Segundo ele, o eleitorado “tem maturidade para entender que é preciso procurar partidos de centro para fazer composição", mas não aceitou a escolha de “um cara com histórico de corrupção". Pollon citou também uma “sabotagem” de candidaturas de direita, inclusive com impedimentos a candidaturas viáveis de prefeitos e vereadores.

Pollon afirmou ainda que, durante sua gestão como presidente do PL no estado, estruturou o partido com uma base conservadora e leal ao ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, segundo ele, os tucanos teriam pressionado pela sua saída. "O PSDB não veio aqui pedir espaço no PL, o PSDB veio aqui pedir a minha cabeça", declarou. O deputado disse também que mantém lealdade ao ex-presidente e a Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Um jornal local, entretanto, revelou que o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) e o governador Eduardo Riedel (PSDB-MS) participaram de uma reunião com Jair Bolsonaro para negociar suas migrações ao PL em 2025. A aliança teria sido articulada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN). Azambuja, porém, negou ter participado da reunião, alegando que estava pescando no Rio Amazonas. Em entrevista anterior, Azambuja confirmou ter sido convidado para assumir o PL no estado, mas disse à Rádio Difusora Pantanal que qualquer decisão sobre fusões ou federações será discutida após 2024.

Ainda de acordo com as negociações, Riedel tentaria a reeleição em 2026, enquanto Azambuja buscaria uma vaga no Senado. Caso a aliança se concretize, o Partido dos Trabalhadores (PT) deverá deixar a administração estadual, com mudanças previstas no secretariado e em cargos de confiança. Nas contas de Pollon, o governador Eduardo Riedel foi eleito com uma união de votos da esquerda e da máquina pública, apontando que o PSDB forma alianças com a esquerda ou com a direita conforme conveniências políticas.

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Conteúdo editado por: Mariana Braga

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