A deputada federal Rosangela Moro (União-SP) apresentou o Projeto de Lei 3885/2024, com foco na proteção das vítimas de assédio sexual no ambiente de trabalho. A proposta visa garantir que testemunhas, que também processam o mesmo empregador, possam depor sem serem desqualificadas, um passo importante diante dos recentes escândalos envolvendo assédio em órgãos do governo federal. "É inconcebível que, enquanto se defende a proteção das mulheres em discursos, o assédio continue sendo varrido para debaixo do tapete, inclusive em instituições governamentais", criticou a deputada à coluna Entrelinhas.
O projeto de Rosangela Moro busca reforçar o posicionamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que, por meio da Súmula 357, impede que testemunhas sejam desqualificadas pelo simples fato de estarem em litígio contra o mesmo empregador. “Antes do recente posicionamento do TST, uma funcionária que estivesse processando seu empregador por assédio era impedida de testemunhar a favor de outra colega na mesma situação”, explicou a deputada. A parlamentar pretende dar força de lei ao precedente do tribunal para garantir uma proteção ainda maior às mulheres. “O governo deveria ser o exemplo, mas o que vemos é um festival de hipocrisia”, criticou Rosangela Moro.
Dados do Tribunal Superior do Trabalho mostram que 220 novos casos de assédio moral e sexual são registrados por dia no Brasil, porém a subnotificação continua sendo um desafio. Segundo a parlamentar, a proposta visa atender às demandas da sociedade por respostas firmes do legislativo contra patrões que praticam assédio, “sem abrir mão da liberdade individual e dos valores conservadores que defendemos”.
O PL 3885/2024 é uma resposta direta a esse cenário alarmante no governo federal, onde denúncias de assédio sexual dentro de ministérios expõem a falta de proteção para as funcionárias. "Precisamos de leis claras e acessíveis para proteger as trabalhadoras contra assediadores", afirmou a deputada.
Ucrânia aceita proposta dos EUA de 30 dias de trégua na guerra. Ajuda militar é retomada
3 pontos que explicam por que a esquerda quer cancelar Frei Gilson
Governo quer ampliar crédito consignado para acelerar o PIB; o que se sabe da medida
Projeto para arena em Curitiba integra estratégia de concorrência por grandes eventos
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS